A doença misteriosa da atriz de “The Boys”: Entenda Graves

Quando Erin Moriarty, estrela da série The Boys, compartilhou nas redes sociais seu diagnóstico de uma doença autoimune, muitos fãs ficaram surpresos e preocupados. A atriz de 30 anos revelou que foi diagnosticada com a Doença de Graves — um distúrbio que atinge a glândula da tireoide e que, muitas vezes, passa despercebido até se manifestar com sintomas mais intensos.
Em um relato sincero, Erin desabafou:
“Se eu não tivesse atribuído tudo ao estresse e à fadiga, eu teria descoberto isso antes. Há um mês, fui diagnosticada com doença de Graves. Dentro de 24 horas após o início do tratamento, senti a luz voltando.”
Mas o que exatamente é essa condição? E por que tantas pessoas, assim como Erin, demoram a identificar o problema? Vamos entender melhor como a Doença de Graves funciona e quais os sinais de alerta.

O que é a Doença de Graves e como ela age no organismo?
A Doença de Graves é um distúrbio autoimune — ou seja, ocorre quando o próprio sistema imunológico começa a atacar o corpo. No caso dessa doença, o alvo é a glândula da tireoide, responsável por produzir os hormônios que regulam o metabolismo, o peso, a energia e até o humor.
Quando a tireoide é estimulada de forma descontrolada, passa a produzir hormônios em excesso, levando ao hipertireoidismo. Esse excesso desequilibra o funcionamento do organismo e pode provocar sintomas variados, que muitas vezes são confundidos com cansaço comum, estresse ou outras condições.
Segundo a Mayo Clinic, a doença costuma atingir com mais frequência mulheres, especialmente entre os 30 e 60 anos, faixa em que a atriz Erin Moriarty se encontra.
Sintomas: os sinais que não devem ser ignorados
Por ser uma doença com sintomas amplos e muitas vezes discretos no início, a Doença de Graves pode passar despercebida por bastante tempo. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Nervosismo, ansiedade e irritação frequente
- Tremores nas mãos ou dedos
- Sensação constante de calor
- Perda de peso repentina, mesmo sem dieta
- Insônia e dificuldade para relaxar
- Batimentos cardíacos acelerados
- Aumento da glândula da tireoide (bócio)
- Alterações nos ciclos menstruais ou na função sexual
- Fadiga extrema, apesar de noites de sono
- Aumento da frequência intestinal
Em cerca de 25% dos casos, ainda pode haver comprometimento ocular, causando olhos salientes, visão embaçada ou desconforto ao redor dos olhos — uma das manifestações mais visíveis da doença.
Fatores de risco e diagnóstico da Doença de Graves
Alguns fatores aumentam a chance de desenvolver a doença, como histórico familiar, presença de outras doenças autoimunes, tabagismo, além do próprio sexo e faixa etária — mulheres entre 30 e 60 anos são o grupo de maior incidência.
O diagnóstico é feito através de exames de sangue, que medem os níveis dos hormônios da tireoide, além de exames específicos como a captação de iodo radioativo, que avaliam a atividade da glândula.
O grande desafio é justamente perceber os sintomas a tempo, já que muitos deles são atribuídos a estresse, cansaço ou outros problemas rotineiros.
Leia também:
- Crescimento de Empregos na Região Supera 26 Mil Vagas em Dois Anos
- Ministério da saúde planeja vacinar 30 milhões de estudantes
- VW Polo é o mais vendido e Hyundai Creta cresce em junho
Tratamento: como controlar a Doença de Graves
Embora não exista cura definitiva, a Doença de Graves pode ser controlada com tratamentos eficazes. Entre as opções estão:
- Medicamentos antitireoidianos, que reduzem a produção de hormônios
- Terapia com iodo radioativo, que diminui a atividade da glândula
- Betabloqueadores, para aliviar sintomas como palpitações e tremores
- Em alguns casos, pode ser indicada cirurgia para remoção parcial ou total da tireoide
O mais importante é o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico regular. Como Erin Moriarty relatou, o início rápido do tratamento já trouxe melhora significativa nos sintomas, o que mostra a importância de buscar ajuda médica diante de sinais persistentes.