De outubro a dezembro: médicos PJ da Maternidade do Governo solicitam apoio para receber salários pendentes de 2022.

Médicos que atuam como Pessoa Jurídica (PJ) na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) estão enfrentando dificuldades para receber salários atrasados. Esses profissionais, que prestam serviços na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, ainda não receberam os pagamentos referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado.
Para tentar solucionar a situação, a empresa responsável pelos serviços médicos encaminhou um pedido de apoio ao deputado Cláudio Cirurgião, que é presidente da Comissão de Saúde. No documento, os médicos relatam a urgência do pagamento, uma vez que a falta de salário está afetando suas vidas e suas atividades no trabalho.
Um médico, que preferiu não se identificar por temer represálias, manifestou sua preocupação. Ele afirmou que, apesar de já terem buscado diálogo por meio de advogados e representantes políticos, a situação continua sem resolução. Ele também ressaltou que muitos profissionais preferem não participar de manifestações, pois temem retaliações. Em fevereiro de 2025, cerca de 25% dos especialistas foram demitidos e suas vagas foram preenchidas por médicos recém-formados logo após o início das denúncias sobre os atrasos salariais.
O deputado Cláudio Cirurgião revelou que está buscando realizar uma reunião com os responsáveis pelos serviços médicos para discutir as próximas ações a serem tomadas. Uma das possibilidades é a judicialização do pagamento, caso os médicos concordem em unir forças. Segundo ele, é importante que haja uma ação em conjunto, mas muitos profissionais hesitam em se manifestar devido ao medo de represálias por parte do governo.
A Secretaria de Estado da Saúde destacou em uma nota que os pagamentos estão em processo de reconhecimento de dívida, conforme os trâmites legais. A Sesau também negou que houve alteração na escala de médicos especialistas na maternidade, refutando as informações sobre demissões ou substituições de profissionais.
A situação continua sendo acompanhada de perto, na esperança de que os salários sejam pagos e os profissionais da saúde possam trabalhar com a tranquilidade que merecem.