Rússia analisa proposta de Trump para envio de mísseis à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre a possibilidade de enviar mísseis de cruzeiro Tomahawk, de longo alcance, para a Ucrânia. Durante uma coletiva na Casa Branca, nesta terça-feira (7), ele disse que chegou a uma decisão “em certo sentido”, mas não deixou claro o que isso significa nem se seria a favor ou contra o envio desses armamentos.
Trump disse que deseja entender melhor como as Forças Armadas Ucranianas utilizariam os mísseis caso fossem fornecidos. “Preciso saber o que farão com eles e para onde os enviarão. Essa é uma pergunta que eu provavelmente deveria fazer”, mencionou, destacando que não quer uma escalada no conflito.
Recentemente, autoridades dos EUA informaram que estão avaliando a possibilidade de entregar os mísseis Tomahawk à Ucrânia. Esses mísseis têm um alcance superior a 2.400 quilômetros e foram desenvolvidos na década de 1970, durante a Guerra Fria, em um contexto de tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética. O projeto do Tomahawk permite que ele voe a longas distâncias em baixa altitude, dificultando a detecção por radares.
A Rússia, por sua vez, vê essa possível ação como um aumento da tensão no conflito. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o envio de suprimentos à Ucrânia poderia “destruir” as relações entre Moscou e Washington.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, comentou com cautela sobre as declarações de Trump, mencionando que é necessário esperar por informações mais concretas. Ele ressaltou que a posição da Rússia está bem definida e que a entrega dos mísseis seria uma escalada significativa, embora não alterasse a situação na linha de frente para a Ucrânia.