A maldição dos R$ 10 bilhões: o tesouro que o BC implora para você sacar

Nos cofres do sistema financeiro brasileiro, existe um tesouro perdido, uma fortuna de quase R$ 10 bilhões. Esse dinheiro não tem dono? Pelo contrário. Ele pertence a mais de 50 milhões de brasileiros, pessoas comuns como eu e você, que um dia deixaram para trás saldos em contas antigas, cotas de consórcio ou taxas cobradas indevidamente.
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É um dinheiro seu, por direito. Mas ele está preso, como se estivesse sob uma “maldição” do esquecimento. A grande maioria dos seus verdadeiros donos nem faz ideia de que essa pequena (ou grande) fortuna existe e está esperando para ser resgatada.
O Banco Central, o guardião desse tesouro, está praticamente implorando para que as pessoas quebrem essa maldição e peguem o que é seu.
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Para isso, criou um “mapa do tesouro” online e, recentemente, adicionou uma função “mágica” de resgate automático que pode fazer o dinheiro cair na sua conta sem que você precise fazer quase nada.
O ‘mapa do tesouro’: como consultar seu CPF em 2 minutos
A jornada para descobrir se você é um dos herdeiros desse tesouro é simples, gratuita e leva menos de dois minutos. Mas atenção, só existe um caminho seguro para isso.
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- O único site oficial: A consulta só pode ser feita no endereço valoresareceber.bcb.gov.br. Desconfie de qualquer link recebido por WhatsApp ou SMS. É golpe.
- A primeira checagem: No site, você precisará apenas do seu CPF e da sua data de nascimento para saber se existe algum valor perdido em seu nome.
- Os detalhes do tesouro: Se a resposta for positiva, você precisará entrar no sistema com a sua conta Gov.br (nível prata ou ouro) para ver os valores, a origem do dinheiro e solicitar o resgate.
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As 2 formas de resgate: o jeito ‘mágico’ e o jeito ‘manual’
Uma vez que você descobre que tem dinheiro a receber, há duas formas de colocá-lo no bolso.
- O jeito ‘mágico’ (Resgate Automático): Esta é a grande novidade. Você pode habilitar uma opção no sistema para que, a partir de agora, qualquer valor esquecido encontrado no seu CPF seja depositado automaticamente na sua conta, sem que você precise fazer mais nada. Para isso, você precisa ter uma chave Pix que seja o seu CPF.
- O jeito ‘manual’: Se você não habilitar a função automática, ou se a instituição onde está o dinheiro não participar do sistema via Pix, o processo é simples. O próprio sistema te dará a opção de “Solicitar por aqui”, onde você informará sua chave Pix, ou te orientará a entrar em contato direto com o banco para combinar a devolução.
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A ‘caça’ à herança: como resgatar o dinheiro de um parente falecido
Muitas pessoas não sabem, mas também é possível resgatar valores deixados por parentes que já faleceram. O processo é um pouco diferente.
- A consulta: Usando a sua própria conta Gov.br, você acessa a opção “Valores para Pessoas Falecidas” e informa o CPF e a data de nascimento da pessoa falecida.
- O contato: O sistema do Banco Central não te paga diretamente. Ele te informa em qual banco ou instituição o dinheiro está e te dá os dados de contato.
- A comprovação: Você precisará então entrar em contato direto com a instituição e apresentar os documentos que comprovem que você é herdeiro, inventariante ou representante legal para que o dinheiro seja liberado.
Com quase R$ 10 bilhões ainda parados, a chance de uma parte desse tesouro ser sua é real. A consulta é rápida e pode te render uma surpresa muito bem-vinda.
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