Irã lança mísseis, mas Israel resiste: entenda o recado de Netanyahu ao povo iraniano
Sabe quando um ataque parece grande, mas o impacto é menor do que se esperava?

Foi exatamente isso que aconteceu após o Irã lançar dezenas de mísseis contra Israel, numa das maiores tensões recentes no Oriente Médio. Mas, para surpresa de muitos, o resultado não foi de destruição em massa. Enquanto o mundo aguardava notícias de caos, Israel mostrou resiliência e, ao mesmo tempo, enviou um recado que mexe com o coração do povo iraniano.
Logo após a onda de mísseis lançada pelo Irã, o governo israelense confirmou: quase todos os projéteis foram interceptados pelas defesas aéreas ou caíram antes de atingir áreas vitais. Alguns danos pontuais aconteceram, deixando feridos, mas a verdade é que o cenário esperado de estragos graves não se concretizou.
A rotina em Tel Aviv e Jerusalém precisou de alguns momentos em abrigos, mas a população logo retomou o ritmo. O clima foi tenso, mas o saldo final mostrou a força dos sistemas de proteção israelenses e a mobilização de mais de 35 mil profissionais de emergência para garantir a segurança da população.
Enquanto as sirenes soavam, uma movimentação inédita chamou atenção: Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, gravou um vídeo em que fala diretamente ao povo iraniano, incentivando a sociedade local a se unir contra o regime.
“O regime nunca esteve tão fraco. Esta é a oportunidade de vocês se levantarem e fazerem com que suas vozes sejam ouvidas”, afirmou Netanyahu, deixando claro que sua luta não é contra os cidadãos do Irã, mas sim contra o regime que, segundo ele, oprime o país há décadas.
A fala de Netanyahu tem um peso simbólico gigante. Num momento em que muitos imaginavam apenas respostas militares, ele optou por um chamado à liberdade, incentivando o povo iraniano a buscar um futuro diferente.
O premiê ressaltou que Israel não está em guerra com o povo iraniano, mas sim com a liderança política do país.
“A nossa operação tem como objetivo proteger nosso povo e evitar que ameaças nucleares e balísticas se voltem contra nós”, explicou Netanyahu, apontando que o caminho para um novo Irã depende também da coragem de quem vive lá.
Mesmo com a resposta militar iraniana classificada por autoridades do país como “esmagadora”, a realidade no campo foi diferente. Dezenas de mísseis e drones não conseguiram ultrapassar as barreiras israelenses de defesa, e a maioria dos impactos reportados se resumiu a danos leves em estruturas e ferimentos considerados de baixa gravidade.
O governo israelense reforçou que irá seguir agindo para neutralizar ameaças, mas sem abandonar o diálogo com as pessoas comuns, especialmente as que estão sob governos autoritários.
Por trás dos mísseis, a mensagem é clara: há um interesse real de mostrar ao povo iraniano que a situação interna pode mudar, caso a população escolha se unir por liberdade.
O cenário de conflito, que normalmente alimenta divisões, desta vez abriu espaço para uma campanha de incentivo à esperança e à busca por um Irã diferente, livre da ditadura. O recado é direto: o momento de transformar o futuro pode ser agora.
Os próximos dias vão revelar como a sociedade iraniana reage a esse chamado e se novas movimentações surgirão dentro do país.
Para Israel, a meta continua sendo proteger seu território e reforçar, sempre que possível, a ideia de que regimes autoritários não devem ser o destino de nenhum povo. E para os iranianos, talvez, tenha nascido uma faísca de coragem diante das palavras vindas do outro lado do conflito.