Datas do FGTS confirmadas para você sacar o dinheiro em julho

Todos os anos, o governo te oferece um presente, uma tentação quase irresistível: a chance de sacar uma parte do seu Fundo de Garantia (FGTS) no mês do seu aniversário. Para quem está apertado, precisando de um dinheiro extra para quitar uma dívida ou fazer uma compra, o Saque-Aniversário parece uma solução mágica, um dinheiro “grátis” que já é seu.
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Contudo, por trás dessa aparente facilidade, se esconde uma armadilha brutal, uma escolha que pode te deixar na mão no momento em que você mais precisar.
A verdade chocante, que muitos trabalhadores só descobrem quando já é tarde demais, é que ao aceitar esse “presente” anual, você abre mão do seu principal cofre de segurança.
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A decisão de aderir ao Saque-Aniversário tem uma consequência severa e, muitas vezes, irreversível, que pode transformar uma demissão em um verdadeiro pesadelo financeiro.
Mas afinal, como funciona essa modalidade? Quanto você pode sacar e qual é o preço oculto que você paga por essa antecipação? Antes de correr para o aplicativo da Caixa, você precisa conhecer as regras do jogo e entender a arapuca que pode estar armada para o seu futuro.
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A tentação: o calendário e os valores que você pode sacar
A proposta do Saque-Aniversário é simples. Uma vez por ano, no seu mês de nascimento, você pode resgatar uma parte do saldo de todas as suas contas do FGTS (ativas e inativas). O valor não é fixo; ele depende de quanto você tem guardado.
A lógica é: quanto menor o saldo, maior o percentual que você pode sacar.
- Até R$ 500 de saldo: pode sacar 50% (sem parcela adicional).
- De R$ 500,01 a R$ 1.000: pode sacar 40% + uma parcela de R$ 50.
- De R$ 1.000,01 a R$ 5.000: pode sacar 30% + uma parcela de R$ 150.
- Acima de R$ 20.000,01: pode sacar 5% + uma parcela de R$ 2.900.
O calendário de 2025 já está definido, e os nascidos em julho, por exemplo, podem sacar seus valores a partir de hoje até o dia 30 de setembro.
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A armadilha fatal: o que acontece se você for demitido
Aqui está o pulo do gato, a parte que ninguém te conta com clareza. Ao optar pelo Saque-Aniversário, você perde o direito ao Saque-Rescisão.
Isso significa que, se você for demitido sem justa causa, não poderá sacar o saldo total do seu FGTS, como acontecia no modelo tradicional. Esse dinheiro, que funcionaria como uma reserva de emergência para te sustentar até conseguir um novo emprego, ficará preso na sua conta. Você terá direito apenas à multa de 40% paga pelo empregador.
E se você se arrepender? Poderá voltar ao modelo antigo, mas há uma carência: a mudança só se efetiva após 24 meses (dois anos) da sua solicitação. Durante todo esse período, você continua sem poder sacar o saldo total em caso de demissão.
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Como decidir? A escolha que define seu futuro
A decisão de aderir ao Saque-Aniversário é extremamente pessoal, mas precisa ser consciente.
- Pense como um investidor: O dinheiro parado no FGTS rende muito pouco (3% ao ano + TR), perdendo para a inflação. Sacá-lo para quitar uma dívida cara (como a do cartão de crédito, que tem juros altíssimos) ou para investir em algo mais rentável pode ser uma decisão muito inteligente.
- Pense na sua segurança: Se você não tem uma reserva de emergência e depende do FGTS como seu único “seguro-desemprego”, aderir ao Saque-Aniversário pode ser um tiro no pé.
Para fazer a escolha, basta acessar o aplicativo “FGTS” da Caixa e selecionar a modalidade desejada. Pense com calma, pois a decisão que você tomar agora pode impactar profundamente sua segurança financeira no futuro.
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