Gosta de cogumelos? Anvisa acaba de lançar proibição no Brasil

Eles prometiam foco, alívio da ansiedade, mais energia e um sistema imunológico de ferro. Vendidos em frascos bonitos, com nomes exóticos como “Juba de Leão” e “Cordyceps”, os extratos de cogumelos da marca Mushdrops viraram a nova febre da internet, o segredo “natural” para uma vida mais saudável. Contudo, por trás dessa promessa de superalimento, se escondia uma fraude perigosa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de acionar o botão vermelho e determinou a proibição imediata da fabricação, venda e divulgação de todos os produtos da empresa Mush Mush Club.
A decisão, publicada no Diário Oficial da União, desmascara uma operação que vendia supostos “remédios milagrosos” sem qualquer tipo de registro, controle ou comprovação de segurança.
Se você comprou ou estava pensando em comprar um desses extratos de cogumelos, pare tudo o que está fazendo.
Você pode estar colocando sua saúde em risco com um produto clandestino. Mas por que a Anvisa tomou uma medida tão drástica e o que torna esses produtos tão perigosos?
A lista da proibição: os produtos e a empresa na mira
A canetada da Anvisa, oficializada na Resolução-RE 2.425, foi direcionada à empresa Mush Mush Club Ltda. e sua linha de produtos “Mushdrops”. A proibição é total e atinge todos os seus extratos, que eram vendidos com promessas terapêuticas. Os mais famosos são:
- Juba de Leão (Lion’s Mane): Prometido para foco e clareza mental.
- Reishi: Anunciado como um adaptógeno para o controle do estresse.
- Cordyceps: Vendido como um booster de energia e performance física.
- Chaga e Turkey Tail: Divulgados como potentes para a imunidade.
A empresa vendia esses produtos como se fossem suplementos ou medicamentos, mas, segundo a Anvisa, eles não são nada disso.
Veja mais: 10 alimentos que ajudam no controle do diabetes
O crime contra a saúde: por que a Anvisa agiu?
A ação da Anvisa não foi por um detalhe técnico, mas por uma série de irregularidades graves que colocam o consumidor em risco direto.
- Sem registro sanitário: Nenhum dos produtos possuía registro na Anvisa, que é obrigatório para qualquer item com alegação terapêutica. Sem registro, não há como garantir a eficácia ou a segurança do que está dentro do frasco.
- Empresa clandestina: A Mush Mush Club Ltda. não possuía Autorização de Funcionamento (AFE), a licença básica que toda empresa do ramo de saúde precisa ter para operar. Ou seja, ela funcionava de forma ilegal.
- Promessas falsas: A Anvisa considerou a divulgação de benefícios como “controle da ansiedade” e “fortalecimento do sistema imunológico” como propaganda enganosa de medicamento, já que não há estudos clínicos que comprovem essas alegações para os produtos da marca.
- Risco desconhecido: Sem qualquer controle sanitário, não há como saber a procedência dos cogumelos, as condições de higiene na fabricação ou se os extratos estão contaminados com outras substâncias.
Veja mais: Troca de alimentos assegura apresentações de Luma Dantas e Marília Tavares.
Comprei o produto, e agora?
A recomendação da Anvisa é clara e direta: suspenda o uso imediatamente. Por se tratar de um produto clandestino, não há qualquer garantia sobre o que você está consumindo. A orientação é descartar o produto para evitar riscos à sua saúde.
Até o momento, o site da empresa continua fora do ar, e a companhia não se manifestou publicamente sobre a proibição. Este caso serve como um alerta brutal sobre os perigos de produtos “milagrosos” vendidos nas redes sociais.
Antes de comprar qualquer suplemento que prometa benefícios à saúde, verifique sempre se ele possui registro na Anvisa. Sua saúde não pode ser cobaia de promessas sem fundamento.