Fazendeiros são alvo de emboscada por grupo de sem-terra vinculado a facção.

Um grupo de sem-terra conhecido como Liga dos Camponeses Pobres (LCP) tem gerado preocupação em Rondônia devido a invasões planejadas de propriedades rurais. Esse grupo não é reconhecido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e tem ramificações no estado vizinho, o Acre.
Recentemente, a LCP foi acusada de emboscar trabalhadores de uma fazenda na zona rural de Machadinho do Oeste, em um ataque que envolveu homens armados. Durante esse incidente, um trabalhador ficou gravemente ferido e foi socorrido por forças de segurança, que também estão buscando outros empregados que se dispersaram e ainda estão desaparecidos.
De acordo com relatos da imprensa local, a Liga dos Camponeses Pobres possui um histórico de violência e práticas que se assemelham a ações de crime organizado. O grupo tende a invadir propriedades produtivas, expulsar os moradores e dividir as terras para venda, alegando a necessidade de terras para cultivo e produção de alimentos.
A última ação da LCP foi registrado no início do mês em União Bandeirantes, um distrito de Porto Velho. Na ocasião, a LCP invadiu uma área extensa, afirmando serem moradores da região. Porém, eles estavam armados e impediram o retorno do proprietário da terra, além de ameaçar vizinhos que também são agricultores.
As forças de segurança de Porto Velho foram chamadas para conter a situação e restaurar a ordem na área. Durante a operação, a polícia foi responsável pela remoção de acampamentos que tinham sido montados no local e prendeu 20 membros da LCP. Ao todo, mais de 50 armas, como facões e espingardas, foram apreendidas.
Vale ressaltar que, apesar de condenar a ação policial desta operação, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) enfatizou que não mantém vínculo com a Liga dos Camponeses Pobres. Dentre os 20 detidos, apenas dois, identificados como líderes do grupo, continuam presos. As investigações e operações seguem em andamento na busca por uma solução pacífica para a situação na região.