Hospitais enfrentam suspensão de alimentação por falta de pagamento

A empresa ISM Gomes, responsável pelo fornecimento de alimentação nos hospitais de um estado do Brasil, anunciou a suspensão do serviço devido a dívidas acumuladas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que totalizam R$ 11,6 milhões. O comunicado foi enviado no dia 18 deste mês e alerta para a possibilidade de interrupção no fornecimento de refeições, o que impactaria pacientes e acompanhantes.
A ISM Gomes relatou que já enviou sete ofícios à Sesau desde fevereiro deste ano, cobrando os pagamentos pendentes. De acordo com a empresa, as dificuldades financeiras foram intensificadas pelos atrasos e pagamentos parciais que têm acontecido desde o início do contrato. Além disso, a dívida com a Sesau remonta a 2022, com documentos da própria secretaria confirmando que, entre mais de R$ 60 milhões em débitos, R$ 11,6 milhões são da empresa.
Os valores devidos são os seguintes:
- 2022 e 2023: R$ 3.945.993,83
- 2024: R$ 2.093.450,90
- 2025: R$ 5.560.055,76
- Total: R$ 11.599.500,49
Em resposta à situação, a Sesau destacou a importância da alimentação hospitalar e a necessidade de evitar interrupções, que são consideradas de alta relevância pela Justiça. A secretaria informou que um pagamento de R$ 1 milhão está programado para ser realizado nesta semana, e pediu que a ISM Gomes não suspendesse o fornecimento, sob risco de enfrentar sanções administrativas e contratuais.
A Sesau também reforçou que não há atrasos relacionados a este ano e que os pagamentos estão dentro dos prazos estabelecidos. Além disso, a secretaria afirmou que as dívidas de anos anteriores estão sendo quitadas conforme os recursos orçamentários disponíveis, seguindo critérios legais.
Enquanto isso, a situação se mantém em alerta, uma vez que a interrupção dos serviços alimentares pode gerar consequências significativas para a saúde dos pacientes atendidos nas unidades.



