Após a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último domingo, sobre punições a países que se alinhassem às políticas do Brics, os integrantes do bloco se manifestaram na segunda-feira. Trump anunciou que esses países enfrentariam uma tarifa adicional de 10% e deixou claro que não haveria exceções.
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Em uma postagem na rede social Truth Social, ele afirmou que qualquer país que se alinhasse a políticas “antiamericanas” do Brics sofreria essa penalização, encerrando com um agradecimento pela atenção.
O Brics foi formado inicialmente em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China, com a África do Sul se juntando posteriormente. No ano passado, o grupo ampliou sua composição com a inclusão do Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos.
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As reações dos países membros foram variadas:
Na Rússia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que o Brics nunca teve a intenção de prejudicar outras nações. Ele informou que o governo russo está ciente das declarações de Trump e enfatizou que os países do Brics compartilham uma visão comum de cooperação, baseada em seus próprios interesses, e que essa colaboração não visa atacar terceiros.
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Na China, o Ministério das Relações Exteriores se manifestou contra o uso de tarifas como forma de pressão. A porta-voz Mao Ning argumentou que essa prática não beneficia ninguém, ressaltando que as tarifas não são uma solução viável.
A África do Sul, por meio de seu Ministério do Comércio, reafirmou que não é um país antiamericano e que continua disposto a negociar um acordo comercial com os Estados Unidos. Desde maio, o governo sul-africano está em diálogo com a administração Trump, especialmente após uma reunião entre Trump e o presidente Cyril Ramaphosa na Casa Branca. O porta-voz Kaamil Alli mencionou que as conversas têm sido construtivas e que aguardam uma comunicação formal dos EUA sobre o acordo.
Por fim, a Malásia, que foi aceita como parceira do Brics, também se posicionou. Seu Ministério do Comércio afirmou que o país pratica uma política externa e econômica independente, focando na facilitação do comércio, sem se prender a alianças ideológicas.
Dessa forma, os membros do Brics demonstram unidade e procuram manter suas relações comerciais e diplomáticas, apesar das tensões provocadas pelas declarações de Trump.
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