No dia 1º de julho, o telescópio ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), financiado pela NASA, localizado em Rio Hurtado, no Chile, fez uma importante descoberta ao registrar um cometa que veio do espaço interestelar. Esse cometa recebeu o nome oficial de 3I/ATLAS e está a cerca de 670 milhões de quilômetros da Terra, vindo da direção da constelação de Sagitário.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Após essa descoberta inicial, foram reunidas observações anteriores do cometa, que estavam armazenadas em arquivos de três diferentes telescópios do ATLAS ao redor do mundo, além de dados do Zwicky Transient Facility, localizado no Observatório Palomar, na Califórnia, Estados Unidos. Essas observações, que chamamos de “pré-descoberta”, remontam ao dia 14 de junho. Desde o primeiro registro, vários telescópios continuam a coletar dados sobre o cometa, contribuindo para um entendimento mais completo do objeto.
É importante destacar que o cometa 3I/ATLAS não representa nenhuma ameaça à Terra. Sua trajetória mantém uma distância segura, de pelo menos 150 milhões de milhas (aproximadamente 240 milhões de quilômetros). Atualmente, ele está a cerca de 416 milhões de milhas (670 milhões de quilômetros) do Sol. O ponto mais próximo que o cometa atingirá em relação ao Sol ocorrerá em 30 de outubro, quando estará a cerca de 210 milhões de quilômetros (cerca de 130 milhões de milhas) do astro, sendo mais próximo da órbita de Marte.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Astrônomos de vários países estão investigando o tamanho e as características físicas do cometa. A expectativa é que o 3I/ATLAS permaneça visível para telescópios na superfície da Terra até setembro. Após esse período, ele se aproximará demais do Sol, dificultando a observação. No entanto, espera-se que o cometa reapareça do outro lado do Sol no início de dezembro, possibilitando novas observações e avanços nas pesquisas relacionadas a esse fenômeno astronômico.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
