Ministro israelense propõe anexação da Cisjordânia

Em uma coletiva de imprensa em Jerusalém, Bezalel Smotrich, um importante representante do governo israelense, declarou que o objetivo de sua gestão é acabar com a ideia de um Estado palestino. Essa afirmação vem em um momento em que vários países, incluindo aliados de longa data de Israel, estão se preparando para reconhecer um Estado palestino ainda neste mês. Esse movimento internacional tem gerado preocupação entre os líderes israelenses mais à direita, que têm intensificado o discurso a favor da anexação de partes ou até mesmo de toda a Cisjordânia.
Smotrich explicou que a plena soberania de Israel sobre a Cisjordânia é uma “medida preventiva” contra o que ele considera um “ataque diplomático” que visa minar a segurança de Israel. O controle sobre a Cisjordânia por parte de Israel começou em 1967, durante a guerra árabe-israelense. Desde então, o governo israelense tem estabelecido uma série de assentamentos na região, onde hoje vivem cerca de 500 mil colonos judeus.
Os palestinos, por sua vez, veem a Cisjordânia como parte de um futuro Estado independente e têm um desejo profundo de estabelecer sua soberania na região. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assim como outros membros do governo, se opõem à criação de um Estado palestino, argumentando que esta seria uma ameaça à segurança do país.
Em relação à proposta de anexação, Smotrich sugeriu que Israel deveria incorporar aproximadamente 82% da Cisjordânia. Ele esclareceu que, embora os palestinos continuariam a administrar seus assuntos locais, o território em si seria controlado por Israel. Essa afirmação reforça as tensões propostas entre as ambições de independência palestina e as políticas de administração territorial de Israel.