Uma distração ao volante pode render uma multa grave de R$ 293,47!

Aquela olhadinha rápida no celular enquanto o carro está parado no semáforo pode parecer inofensiva. Mas essa atitude comum no dia a dia representa um risco real à segurança de todos no trânsito — e, além disso, pode pesar no seu bolso e no seu prontuário como motorista.
O uso do celular ao volante é hoje uma das principais causas de acidentes nas vias urbanas e rodovias do Brasil. Mesmo ações rápidas, como conferir uma notificação ou mudar a música, podem causar distrações fatais. E o Código de Trânsito é claro: essa prática é proibida e classificada como infração gravíssima.
Se você ainda acha que dá para “dar uma espiadinha” sem consequências, é hora de rever esse hábito. Neste artigo, vamos explicar por que o uso do celular ao volante é tão perigoso, quais são as penalidades previstas e como adotar atitudes mais seguras ao dirigir.

Usar o celular dirigindo é mais perigoso do que parece
Muita gente acredita que usar o celular rapidamente ao volante não tem problema — especialmente se o carro estiver parado no semáforo ou no trânsito lento. Mas basta alguns segundos de distração para que um acidente grave aconteça, mesmo em baixa velocidade.
Estudos mostram que uma simples mensagem pode tirar a atenção do motorista por até cinco segundos. Em uma via a 60 km/h, isso significa dirigir por mais de 80 metros sem olhar para a pista — o suficiente para atropelar alguém, bater em outro carro ou perder o controle do veículo.
Além disso, a distração causada pelo celular afeta a percepção de tempo e espaço do motorista. Ele pode não perceber a frenagem do carro à frente, a mudança de sinal ou a presença de pedestres. Tudo isso aumenta, e muito, o risco de acidentes graves.
O impacto é tão preocupante que o uso do celular ao volante já é comparado, por especialistas, à direção sob efeito de álcool. Isso porque ambos os comportamentos comprometem o tempo de reação e o raciocínio do condutor, colocando vidas em risco.
Multa gravíssima, pontos na CNH e outras consequências
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir utilizando o celular é uma infração gravíssima. Isso inclui segurar o celular, manuseá-lo ou ainda utilizar fones de ouvido conectados ao aparelho. A penalidade é multa de R$ 293,47 e adição de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Vale destacar que, mesmo se o carro estiver parado com o motor ligado, o condutor ainda pode ser autuado. Ou seja, não existe momento “seguro” para usar o celular ao volante. A regra é clara: celular e direção não combinam, em nenhuma circunstância.
A infração ainda pode afetar o valor do seguro do veículo, uma vez que muitas seguradoras avaliam o histórico do motorista para definir o preço da apólice. Além disso, a reincidência pode contribuir para a suspensão da CNH, prejudicando inclusive a vida profissional de quem depende do carro.
Por isso, o mais prudente é adotar o celular como inimigo do volante. Qualquer distração pode custar caro — e não apenas financeiramente. Estamos falando de riscos reais à vida, tanto do motorista quanto de passageiros e pedestres.
Como dirigir com mais segurança e evitar distrações
Evitar o uso do celular enquanto dirige exige mudança de hábito e disciplina. Uma dica simples e eficiente é ativar o modo “não perturbe” antes de ligar o carro. Isso bloqueia chamadas e notificações, reduzindo a tentação de checar a tela a todo momento.
Deixar o celular fora do alcance — no porta-luvas, na bolsa ou no banco de trás — também ajuda a manter o foco total na direção. Se precisar do GPS, utilize um suporte adequado no painel e configure o destino antes de começar a dirigir.
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Para quem precisa atender chamadas, o ideal é usar sistemas de viva-voz integrados ao carro ou Bluetooth. Mesmo assim, é importante evitar conversas longas ou que exijam muita atenção, já que qualquer distração pode comprometer a segurança.
Por fim, lembre-se: nenhuma mensagem, ligação ou curtida nas redes sociais vale mais do que uma vida. Celular e direção não combinam. Ser um motorista consciente é pensar não só em você, mas em todos que dividem as ruas com você.