Parece meio contraditório, mas a Mercedes-Benz, que nos surpreendeu com uma tela enorme de 39,1″ na nova geração do GLC, está decidida a trazer de volta os botões físicos. Isso mesmo! Magnus Östberg, o gerente de software da marca, confirmou que essa é a direção que eles estão tomando.
Em uma entrevista, ele comentou que dados coletados pelo grupo mostram que botões físicos são mais práticos e intuitivos, especialmente para diferentes idades e mercados. É curioso, né? Afinal, quem não ama um painel moderno e elegante? Mas, no dia a dia, a facilidade de toque e localização dos botões faz diferença.
Mudanças no interior dos modelos
E não para por aí! Além de um novo sistema multimídia, o GLC e o CLA Shooting Brake EV receberam um volante totalmente repaginado, com botões e controles deslizantes. Essa tendência deve ser adotada em toda a linha, incluindo o novo CLA sedã. É uma maneira rápida de melhorar a ergonomia, mantendo a modernidade da cabine. Afinal, quem já passou por aquele momento confuso de procurar a função certa no touchscreen enquanto dirige sabe como um botão físico pode ajudar.
Mas calma, o retorno dos botões não significa que a Mercedes vai abandonar as telas enormes ou as interações de voz. Eles continuam investindo em tecnologia, especialmente em lugares como a China, onde o pessoal prefere a interação por voz e funções digitais. Contudo, é pouco provável que vejamos telas ainda maiores, pois algumas já estão beirando o limite do espaço disponível no painel.
Não é só praticidade
Outra coisa interessante é que, a partir de janeiro de 2026, o Euro NCAP, que avalia a segurança dos carros na Europa, vai começar a penalizar os modelos que confiam apenas em telas para os comandos.
E por que isso é relevante? Simples! Quando dependemos somente do sistema multimídia, temos que tirar os olhos da estrada e navegar por vários menus, o que aumenta o risco de acidentes. Já os botões, com suas posições fixas e familiares, permitem que o motorista mantenha a atenção no que realmente importa: a direção.
É importante lembrar que o Euro NCAP não tem poder para exigir que as montadoras voltem aos comandos físicos. No entanto, nenhuma fabricante quer ver a nota de segurança de seus carros despencar em um dos mercados mais exigentes do mundo. Portanto, essas mudanças são uma resposta direta à demanda dos consumidores e às exigências de segurança.
