A Tesla está no centro de uma polêmica envolvendo a segurança das portas com maçanetas embutidas. Recentemente, surgiram reclamações de motoristas e passageiros que tiveram dificuldades sérias para sair dos veículos em situações extremas, como incêndios. A pintada de futurismo que caracteriza o design da Tesla, que parece mais um “computador sobre rodas”, não está conseguindo dar conta de certos imprevistos.
Esse debate ganhou ainda mais força após um incidente trágico em dezembro de 2023. Um Model Y se chocou contra um poste na Virgínia, e um dos passageiros teve que esperar os bombeiros para ser resgatado, resultando em ferimentos graves e danos permanentes. É impressionante como um detalhe como a maçaneta pode fazer tanta diferença quando se precisa sair rapidamente de um carro em chamas.
Max Walsh, um bombeiro que estava de folga, foi quem avistou o carro pegando fogo. Ele tentou abrir a porta do motorista, mas não conseguiu. Então, com coragem e um pouco de queimação na mão, quebrou a janela e ajudou a retirar o motorista. Esse tipo de situação mostra como momentos críticos exigem soluções rápidas. E quem já passou por um aperto assim sabe que cada segundo conta.
Desde o lançamento do Model S em 2012, a Tesla tem priorizado uma aparência limpa e aerodinâmica, o que significa que as maçanetas convencionais foram deixadas de lado. Modelos mais recentes, como a famosa Cybertruck, também não têm maçanetas externas, e isso cria um verdadeiro labirinto quando a urgência aparece. Os mecanismos de liberação manual variam de um carro para outro, complicando ainda mais a vida de quem precisa sair rápido.
O problema não é exclusivo da Tesla; outros elétricos, como o Volkswagen ID.4, Hyundai IONIQ e Ford Mustang Mach-E, também têm recebido críticas parecidas. O que se vê são relatos de travas que falham quando a bateria acaba e mecanismos difíceis de entender em situações de pânico.
Para tentar contornar essas situações, a Tesla está fazendo atualizações de software, recalls e até redesenhando suas maçanetas. Em vez de sensores, agora usamos microinterruptores. Mesmo assim, modelos mais antigos como o Model S e o Model X ainda enfrentam problemas e deixam seus motoristas expostos em casos de emergência.
Essa questão traz à tona um grande dilema da indústria automotiva: como equilibrar inovação com a segurança prática. A automação pode ser incrível, mas é essencial lembrar que, em situações críticas, a beleza do design não deve superar a necessidade de sobrevivência. Afinal, quem ama dirigir também se preocupa com a segurança ao volante. Essa é uma lição que parece ainda estar sendo aprendida.
