Automotivo

Filosa define três prioridades à frente da Stellantis

É um momento de mudança na Stellantis! A empresa trouxe Antonio Filosa à frente do grupo como novo CEO, substituindo Carlos Tavares. E, convenhamos, a missão dele não é nada fácil. O grupo, que é um dos gigantes do mercado automotivo, enfrenta desafios sérios.

Os lucros da Stellantis despencaram no último ano e muitas marcas dentro do portfólio estão em apuros. Olha, a participação da Chrysler no mercado é só uma sombra do que já foi, e nos Estados Unidos, o grupo perdeu quase dois pontos de participação em 2024. É realmente um cenário complicado.

Gerenciar 14 marcas não é tarefa simples, né? O renascimento da Lancia e da DS ainda não está mostrando resultados promissores. Vamos ver quais são as três principais prioridades que o Filosa vai ter que encarar pela frente.

1. América do Norte

O mercado dos EUA e Canadá representou mais de um quarto das vendas globais da Stellantis em 2023, com 1,44 milhão de unidades. Mas a queda foi de 14%! Enquanto na Europa e na Turquia o volume de vendas é mais expressivo, essa região é estratégica. Afinal, como todo mundo sabe, SUVs e picapes por lá são mais rentáveis do que os carros pequenos que rodam por aqui.

Estar forte na América do Norte é crucial, principalmente com a concorrência crescendo em mercados como Brasil e Europa.

2. Muitas marcas em busca de espaço

Com fusões, costuma-se buscar eficiência, mas a Stellantis mantém suas 14 marcas ativas. Isso gera confusão, pois é difícil diferenciar um Peugeot de um Opel, por exemplo. As marcas premium como DS e Alfa Romeo não estão atingindo as metas que se esperava. E a Maserati… bem, digamos que não está passando por uma fase fácil.

Nos Estados Unidos, a Dodge e Chrysler estão sobrevivendo com poucos modelos — e a Jeep também não está vendendo o que prometia. A pergunta que fica é: até quando essas marcas conseguirão sobreviver nesse cenário?

Aqui uma rápida análise de algumas marcas:

| Marca | Vendas Globais (estimadas) | Nº de Modelos Disponíveis | Idade Média da Gama (anos) |
|—————|—————————–|————————–|—————————–|
| FIAT | ~1.200.000 | 21 | 7,3 |
| PEUGEOT | ~1.000.000 | 17 | 7,7 |
| JEEP | ~950.000 | 11 | 4,4 |
| CITROËN | ~700.000 | 11 | 5,4 |

3. A concorrência chinesa

A concorrência que mais preocupa são os fabricantes chineses. Eles estão se tornando cada vez mais presentes, principalmente em mercados estratégicos como Brasil e Europa. Para o Filosa, a missão é acelerar a colaboração com a Leapmotor e desenvolver modelos eletrificados que consigam competir de verdade.

A Fiat, que já foi líder de mercado aqui no Brasil, pode ver sua fatia diminuir se não tomar cuidado. A verdade é que as marcas do grupo na Europa também não podem continuar caindo em vendas. Será que a parceria com a Leapmotor vai dar conta do recado?

Muita coisa em jogo para o novo CEO, e estamos todos de olho nas próximas jogadas!

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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