Automotivo

Chevrolet Tracker 2026 aumenta preço, mantém mesma entrega

O Chevrolet Tracker 2026 chegou ao Brasil com a missão de equilibrar preço, estilo e tecnologia, mas o que se viu foi mais uma reestilização que, apesar de trazer um visual renovado e interior mais refinado, não toca no que realmente importa: o motor e a performance que já estão ultrapassados.

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A frente do SUV ganhou um design novo com faróis divididos e luzes diurnas em LED no alto, além de uma grade fronta bem maior, feita para se destacar. Junto com o visual mais moderno, o Tracker tenta acompanhar a linha da Montana e do Equinox. No entanto, a traseira continua a ser alvo de criticas, especialmente pela posição da placa, que parece destoar do look mais sofisticado das versões mais caras e dá uma sensação de carro de entrada.

Por dentro, as novidades incluem uma central multimídia de 11 polegadas, que agora está integrada a um painel digital de 8 polegadas, tudo bem voltado para o motorista, assim como na nova Spin. O acabamento melhorou com materiais mais agradáveis e bancos que oferecem mais conforto. Mas será que isso justifica os R$ 190.590 que a versão RS pede? Difícil, né?

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Por que tanto por tão pouco?

O grande dilema é o preço. O Tracker 2026 começa em R$ 119.990 e vai até R$ 190.590 por um SUV que ainda carrega o motor 1.2 turbo de 141 cv — o mesmo motor que já vem sendo utilizado há tempos, sem melhorias no desempenho. E nada de sistema híbrido leve pra quem esperava uma modernização. A promessa é para 2025.

Enquanto isso, concorrentes como Haval H6, Ford Territory e a sensação Jeep Compass oferecem motores mais potentes e tecnologias mais avançadas, tudo na mesma faixa de preço.

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O mercado percebe — e reage

Nas redes sociais, a recepção ao novo Tracker foi bem cética. Comentários como “190k numa Tracker é f.od@” mostram a insatisfação dos consumidores, que não querem pagar caro por algo que não traz evolução. A posição da placa na traseira, que ainda está no para-choques, gera comparações com produtos “inacabados” — é compreensível!

A maioria dos usuários não se contenta mais com mudanças superficiais. Frases como “Só mudam a maquiagem e empurram goela abaixo” ecoam em fóruns e canais automotivos. É claro que a frustração com essas reestilizações vazias está em alta.

Onde o Tracker ainda perde

Nos modelos de entrada, o motor 1.0 turbo de 121 cv e o família 1.2 turbo de 141 cv vêm com um câmbio automático de 6 marchas. Embora sejam econômicos para a cidade, eles não entregam a performance que o preço exige — especialmente na estrada. Além disso, a falta de tração integral e a ausência de um verdadeiro sistema híbrido afastam o Tracker da competição com SUVs que estão se modernizando rapidamente.

Mas o consumidor vai comprar?

A resposta é… sim. E a Chevrolet tem consciência disso. O Tracker continua entre os favoritos quando se fala em SUVs compactos. Mesmo com o facelift, deve garantir alguma movimentação nas concessionárias. Em 2025, pode ficar atrás de rivais como T-Cross, HR-V e Creta, mas ainda tem seu espaço, em parte devido à confiabilidade histórica e à conectividade que oferece, como o OnStar e o app MyChevrolet.

Mas, pensando bem, isso deveria ser o mínimo, não é mesmo?

A Chevrolet prometeu um sistema híbrido leve em 2025, mas é bom lembrar que esse tipo de tecnologia não faz o carro andar sozinho e aparece apenas como um complemento ao motor convencional. Ou seja, o Tracker ainda deve continuar defasado em comparação com os novos híbridos que estão dominando o mercado.

A linha 2026 é um tapa na maquiagem — mas nada muda de verdade

O Chevrolet Tracker 2026 pode ter um visual mais atraente e um interior atualizado, mas ainda peca em performance, inovação e preço. Os consumidores já captaram essa mensagem — e as redes sociais estão mostrando que a paciência está se esgotando. Na prática, é um produto que subestima o brasileiro, pois oferece pouco a mais, mas com um preço que não acompanha a evolução do segmento.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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