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Cometa interestelar 3I ATLAS brilha em eclipse lunar de 15/09

Em 7 de setembro de 2025, um fenômeno impressionante ocorreu no céu: um eclipse lunar total escureceu a lua, transformando-a em um tom avermelhado. Esse espetáculo pôde ser visto em várias partes do mundo, chamando a atenção de muitas pessoas.

Na Namíbia, os astrônomos amadores Michael Jäger e Gerald Rhemann aproveitaram a oportunidade oferecida pelo eclipse. Com o céu mais escuro, eles conseguiram fotografar o cometa interstelar 3I/ATLAS, que estava em uma trajetória rara pelos arredores do nosso sistema solar. A imagem capturada revelou algo inusitado: o cometa brillava em um tom verde.

3I/ATLAS é apenas o terceiro cometa interstelar conhecido a ser observado enquanto passa pelo nosso sistema solar. Sua origem ainda é um mistério, mas é classificado como interstelar porque sua trajetória é hiperbólica, o que significa que não está gravitando em torno do sol e provavelmente se originou de outro sistema estelar. Ele segue os passos de outros dois objetos interstelares notáveis: ‘Oumuamua, que possui uma forma alongada e gerou discussões sobre sua natureza, e o cometa 2I/Borisov, que foi o primeiro cometa interstelar confirmado e apresentou uma aparência mais típica de coma e cauda.

Agora, o 3I/ATLAS oferece aos cientistas uma rara chance de analisar a química de materiais que se formaram ao redor de uma estrela diferente da nossa. A captura da imagem ocorreu no Deserto do Kalahari, na Namíbia, proporcionando um dos melhores cenários do planeta para esta observação.

A imagem que Jäger e Rhemann obtiveram representou a primeira vez que um tom verde foi registrado no 3I/ATLAS, sugerindo uma química única. Os cientistas acreditam que esse brilho verde pode ser causado pela presença de carbono diatômico (C2), uma molécula que emite um brilho verde quando exposta à luz do sol. No entanto, em uma observação anterior realizada no Observatório Kitt Peak, no Arizona, foi descoberto que o cometa apresentava baixos níveis de compostos de carbono. Isso levanta questões sobre como o cometa pôde ter se tornado verde de repente.

Uma das explicações é que o calor do sol poderia ter derretido camadas de gelo, liberando moléculas de carbono diatômico que estavam escondidas sob a superfície. Outra possibilidade é que a luz do sol esteja ativando moléculas diferentes que também emitem um brilho verde. Por ser um objeto interstelar, 3I/ATLAS pode ter uma química que não é comum em cometas do nosso sistema solar, resultando em um brilho verde que não pode ser explicado por padrões conhecidos.

Independentemente da resposta, o cometa 3I/ATLAS continua sendo um enigma para os cientistas, que acompanham seu movimento enquanto ele viaja por nosso sistema solar.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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