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B-21 Raider realiza primeiro voo de teste para a Força Aérea

Um novo marco foi alcançado pela Força Aérea dos Estados Unidos com o primeiro voo do segundo bombardeiro B-21 Raider, realizado recentemente na Califórnia. Essa etapa é considerada crucial para acelerar os testes do primeiro novo bombardeiro de longo alcance do país em mais de 30 anos.

De acordo com o Secretário da Força Aérea, Troy Meink, a chegada deste segundo B-21 aumentará significativamente a rapidez dos testes de voo. Ele afirmou ainda que, a partir de agora, poderão ser integrados sistemas de armas e equipamentos de missão ao bombardeiro, que até então passava por avaliações de desempenho.

O B-21 Raider, desenvolvido pela empresa Northrop Grumman, é reconhecido como a primeira aeronave de sexta geração do mundo. Este bombardeiro terá a capacidade de carregar tanto armas nucleares quanto convencionais e possui um design stealth que permite penetrar em território inimigo, enfrentando as defesas aéreas cada vez mais sofisticadas de países como China e Rússia.

O B-21 é parte da tradição de bombardeiros americanos, sucedendo modelos emblemáticos da Guerra Fria, como o B-52 Stratofortress, o B-1 Lancer e o B-2 Spirit. Entretanto, o custo de cada B-21 está projetado em cerca de 800 milhões de dólares, bem abaixo do valor de aproximadamente 2 bilhões de dólares por unidade do B-2, que teve uma frota limitada a 21 aeronaves.

A Força Aérea planeja adquirir pelo menos 100 unidades do B-21, que operará ao lado de 76 B-52 modernizados, formando a espinha dorsal da força de bombardeiros dos Estados Unidos. Essa combinação oferecerá capacidades de ataque de longo alcance e de dissuasão nuclear, essenciais para a estratégia de defesa do país.

O programa B-21 é monitorado de perto em Washington, especialmente após os atrasos e os excessos de custos em projetos anteriores, como o caça F-35 e o tanque de combustível KC-46. Apesar de muitas informações sobre o B-21 serem classificadas, a Força Aérea espera que o bombardeiro entre em operação no início da década de 2030.

O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General David Allvin, ressaltou a importância da adição do segundo B-21 nos testes, afirmando que isso acelera o caminho para o seu uso pelos militares. Ele destacou que ter mais aeronaves em testes demonstra a urgência da modernização das forças armadas.

O programa do B-21, iniciado no início da década de 2010 como uma iniciativa de bombardeiro de longo alcance, é considerado vital para manter a vantagem militar dos Estados Unidos. As capacidades de alcance e furtividade da aeronave deverão oferecer mais opções aos comandantes na região do Indo-Pacífico, onde a crescente ameaça de mísseis chineses complica as operações tradicionais.

Northrop Grumman lidera o desenvolvimento do B-21, contando com uma vasta rede de fornecedores que sustentam milhares de empregos em todo o país. O bombardeiro foi apresentado ao público em dezembro de 2022, porém muitas de suas capacidades ainda são mantidas em sigilo. Com os testes se expandindo, o Pentágono espera evitar atrasos e entregar a nova aeronave dentro do cronograma e orçamento previstos. O objetivo é garantir que o B-21 proporcione uma vantagem crítica aos Estados Unidos nas próximas décadas, tanto em missões de ataque convencionais quanto na detecção nuclear.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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