Dólar registra queda a R$ 5,35 e Ibovespa tem desvalorização

O dólar teve sua terceira queda consecutiva no Brasil e fechou a sexta-feira, 12 de outubro, no menor valor em 15 meses. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,3537, uma redução de 0,69% em relação ao dia anterior. Esse é o valor mais baixo desde 7 de junho do ano passado, quando a cotação foi de R$ 5,3247. Nesta semana, a moeda acumulou uma queda de 1,11% e, desde o início do ano, já caiu 13,36%.
Essa baixa do dólar está relacionada à expectativa de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, nos próximos meses. Enquanto isso, no Brasil, a taxa básica Selic se mantém em 15%. Especialistas do mercado acreditam que essa combinação pode levar o dólar a uma nova baixa, próxima de R$ 5,30.
No mercado de ações, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, também apresentou queda, refletindo um movimento de realização de lucros após alcançar novos máximos históricos no dia anterior. O índice fechou em 142.271,58 pontos, com uma redução de 0,61%. Durante o dia, atingiu uma mínima de 142.240,7 pontos e uma máxima de 143.202,09 pontos. Na semana, esse índice acumulou uma queda de 0,26%, mas ainda registra um leve aumento de 0,60% no mês.
Na véspera, o dólar havia fechado em R$ 5,3911, com uma baixa de 0,30%. Essa redução ocorreu após a divulgação de dados sobre inflação e mercado de trabalho nos Estados Unidos, que alimentaram a expectativa de cortes de juros. Na sexta, embora o dólar se recuperasse em comparação a outras moedas no exterior, sua cotação interna mantinha-se abaixo de R$ 5,40.
Um especialista em finanças comentou que a marca de R$ 5,40 tem se mostrado desafiadora para o dólar, mas acredita que há chances de o valor continuar caindo em direção a R$ 5,30. Para os exportadores, que preferem vender a moeda norte-americana a preços mais altos, ele mencionou que há um aumento claro do risco de que o dólar siga em queda.
O cenário econômico ainda gera apreensão entre os investidores, especialmente após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Atentam-se também para possíveis novas medidas do governo dos Estados Unidos que podem impactar as relações com o Brasil.