O deputado Emerson Jarude, do partido Novo, utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre para expressar sua oposição à recente homologação de um contrato de fretamento de um jatinho, no valor de R$ 25 milhões, pelo período de 12 meses. A contratação, feita pela Casa Civil, foi publicada no Diário Oficial no dia 15 de agosto.
Jarude destacou o aumento significativo nos gastos com o uso de jatinhos a serviço do governador Gladson Cameli. Ele mencionou que, em 2019, o custo para esse tipo de transporte era de R$ 2,2 milhões, e desde então, os valores foram aumentando anualmente, alcançando R$ 15 milhões em 2024. O deputado criticou o fato de que apenas em um ano o valor saltou de R$ 15 para R$ 39 milhões para o próximo ano, questionando o que poderia ocorrer em 2026, sugerindo que isso poderia resultar em um cenário econômico precário para o estado.
Além disso, Jarude rejeitou a justificativa de que parte das viagens atendia ao transporte de pacientes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e lembrou que, desde 2019, os gastos com os contratos de jatinhos a disposição do governo já ultrapassam R$ 84 milhões. Ele apelou ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público para que investiguem a situação.
Por outro lado, o deputado Tanizio Sá, do MDB, foi o único da base governista a defender a utilização do jatinho. Ele argumentou que em estados vizinhos, como Rondônia e Amazonas, é comum que os governadores tenham disponibilidade de jatinhos. Para Sá, essa prática é necessária para que o governador participe de reuniões importantes, buscando recursos para o Acre, ressaltando que a malha aérea do estado é limitada e que o fretamento é uma solução viável.
