Alfa Romeo melhora na Europa, mas vendas nos EUA caem

Quando a Stellantis revelou as vendas da Alfa Romeo nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2025, a notícia não foi das melhores. A marca italiana teve um tombo de 34% nas vendas, com os modelos Giulia, Stelvio e Tonale apresentando quedas significativas — 32%, 40% e 28%, respectivamente. No total, só foram 3.164 unidades vendidas.
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Mas nem tudo está perdido! Na Europa, a situação é bem diferente. Os números mostram que a Alfa Romeo está se destacando, com um crescimento de 33,3% nas vendas, totalizando 33.116 carros no primeiro semestre do ano. Os dados são da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), que cobre os 27 países da União Europeia, além do Reino Unido e da EFTA.
Esse desempenho europeu é cerca de 10 vezes maior do que o registrado nos Estados Unidos. Uma das principais razões para isso é a ausência do SUV compacto Junior na terra do Tio Sam. Esse modelo menor e mais acessível que o Tonale está atraindo muitos consumidores na Europa. Isso só mostra como as preferências do mercado podem variar!
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Embora muitos puristas critiquem a entrada da Alfa no mundo dos SUVs, é inegável que esses modelos viraram a preferência entre os motoristas. Se a marca não tivesse apostado no Stelvio e seus “irmãos menores”, talvez já tivesse ficado para trás no mercado. O Junior, por exemplo, é fundamental para a estratégia da Stellantis, que usa a mesma plataforma para vários modelos, como o Peugeot 2008 e o Jeep Avenger. Essa sinergia ajuda a manter vivas as propostas mais exclusivas, como o 33 Stradale.
Por outro lado, mesmo com esse aumento na Europa, a Alfa ainda está a anos-luz dos gigantes de luxo alemães. Enquanto a marca vendeu 33.116 unidades, a BMW, por exemplo, arrematou 406.126 carros, e a Mercedes-Benz ficou com 335.418. Isso nos mostra o tamanho do desafio pela frente.
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Por outro lado, a recuperação da Alfa Romeo é um alívio. Ela está em uma posição mais sólida que a Maserati e, apesar de não haver certeza sobre o retorno de modelos icônicos como o 8C e o GTV, o chefe de marketing da marca, Cristiano Fiorio, comentou que “podemos sonhar” com novos carros empolgantes, especialmente se a onda de SUVs continuar.
Enquanto isso, o Giulia deve se manter como o último modelo tradicional da Alfa. Mas ele passará por uma transformação para não se parecer tanto com um sedã convencional. A nova geração, que chega no ano que vem, vai trazer um design inspirado nos SUVs, tipo um SUV cupê. Algo que pode lembrar o Peugeot 408 ou o Citroën C5 X. É uma estratégia que promete manter o frescor da marca.
É curioso ver como as mudanças são necessárias para competir em um mercado tão dinâmico. Para a Alfa Romeo, isso representa não só uma busca por vendas, mas um resgate da sua essência e paixão por carros que realmente fazem a diferença ao dirigir.
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