Atividade econômica e inflação no Brasil em foco

Na semana passada, o cenário econômico foi marcado por dados importantes tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, apesar da redução na quantidade de negociações devido ao feriado de 4 de julho.
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No Brasil, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicou um mercado de trabalho ainda robusto. Por outro lado, a produção industrial de maio apresentou resultados abaixo do esperado, sinalizando uma certa desaceleração das atividades econômicas. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) confirmou a tendência de alívio na inflação, apesar de algumas pressões específicas, especialmente no setor de energia elétrica.
Nos Estados Unidos, as atenções se voltaram para o relatório de empregos (payroll) de junho, que mostrou a criação de mais postos de trabalho do que o previsto. No entanto, ocorreu uma desaceleração nos aumentos salariais, o que sugere um possível “pouso suave” para a economia americana. Esses dados renovaram as expectativas do mercado em relação a potenciais cortes nas taxas de juros ainda este ano, influenciando as apostas sobre as ações futuras do Federal Reserve, banco central dos EUA.
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O início dessa semana no Brasil é caracterizado pela divulgação de indicadores de inflação e dados sobre a atividade econômica, que têm grande importância para as expectativas do mercado em relação à política monetária futura. A primeira informação relevante será o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho, que está previsto para mostrar uma deflação, indicando um alívio nos preços ao produtor.
Durante a semana, outros índices como o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) e o IPCA, que é o principal índice de inflação do país, também serão acompanhados de perto. A expectativa é que o IPCA apresente um aumento mensal perto de 0,19%. Além disso, dados da produção agrícola e índices da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ajudarão a entender melhor o cenário inflacionário e poderão influenciar as decisões sobre a taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil.
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Em relação à atividade econômica, o foco estará nas pesquisas mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o comércio, que será divulgada na terça-feira, e sobre os serviços, que sairá na sexta-feira. Essas estatísticas são fundamentais para avaliar o ritmo econômico do segundo trimestre e serão cruciais para as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Outras informações relevantes incluem o relatório Focus, que apresenta as projeções do mercado sobre a economia, além de dados sobre a produção e vendas de veículos pela Anfavea e do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que medirá o otimismo do setor produtivo em julho. O fluxo cambial semanal e o Índice de Commodities (IC-Br) do Banco Central também farão parte do panorama econômico da semana.
Nos Estados Unidos, a atenção voltará à ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que será divulgada na quarta-feira. Este documento pode fornecer insights sobre como o comitê vê a inflação, o emprego e a possibilidade de cortes nas taxas de juros em 2024.
Em escala internacional, a China também terá sua vez, ao divulgar, na terça-feira, dados cruciais de inflação, incluindo o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e o Índice de Preços ao Produtor (PPI). Esses números são essenciais para entender a dinâmica de preços e a recuperação econômica do país.
Na Europa, os números das vendas no varejo da zona do euro e o índice de preços ao consumidor da Alemanha, a serem divulgados ao longo da semana, serão observados, especialmente em um momento de incertezas sobre a desaceleração econômica e a política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
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