O erro de português que 99% dos brasileiros cometem

Você se considera uma pessoa que fala e escreve bem? Pense de novo. Existe um erro de português, uma armadilha tão comum e tão sutil, que é quase certo que você o comete todos os dias sem perceber. E o pior: este pequeno deslize tem o poder de te fazer parecer menos inteligente e cuidadoso do que você realmente é.
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Estamos falando de uma confusão gramatical que assombra o brasileiro, da conversa de bar à legenda do Instagram.
É um erro que já virou piada, mas que continua a ser repetido à exaustão. A verdade é que, ao dizer que está “meia cansada”, você não está apenas cometendo um erro; você está, gramaticalmente, se partindo ao meio.
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Mas a boa notícia é que, depois de ler este texto, você nunca mais vai cair nessa cilada. Vamos desvendar de uma vez por todas o segredo por trás do “meio” e da “meia”, e ainda te mostrar outros vírus da língua portuguesa que podem estar sabotando a sua imagem. Prepare-se para um detox gramatical.
A armadilha mortal do “meio” e da “meia”
A confusão é clássica e compreensível. A palavra “cansada” é feminina, então, por instinto, a gente quer que tudo concorde. Só que não. A regra de ouro é simples e vai mudar sua vida:
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- “Meio” é advérbio, não muda nunca! Quando “meio” tem o sentido de “um pouco”, “mais ou menos”, ele é um advérbio de intensidade. E advérbios são teimosos, eles não variam. Você não fala “estou muitA cansada”, certo? A lógica é a mesma.
- Correto: “Ela está meio cansada.”
- Correto: “A porta estava meio aberta.”
- Correto: “As meninas ficaram meio tristes.”
- “Meia” é número, só quando for metade! A palavra “meia” só deve ser usada quando significar, literalmente, a metade de algo.
- Correto: “Bebi meia xícara de café.” (metade da xícara)
- Correto: “Comi meia pizza.” (metade da pizza)
- Correto: “Era meia-noite e meia.” (meia hora)
O truque infalível: se você puder substituir a palavra por “um pouco”, use sempre meio. “Ela está um pouco cansada”. Simples assim.
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Outros vírus que atacam seu português
O “meio/meia” não está sozinho. Existem outros erros clássicos que podem minar sua credibilidade.
- Mal vs. Mau: Outro terror. O truque aqui é usar os opostos. Mal é o contrário de Bem. Mau é o contrário de Bom.
- “Ele está de mau humor” (bom humor).
- “Ela se sente mal” (se sente bem).
- A gente vai vs. A gente vamos: “A gente” é uma expressão que, gramaticalmente, equivale a “ele/ela”. Portanto, o verbo fica sempre no singular.
- Correto: “A gente vai ao cinema.”
- Errado: “A gente vamos ao cinema.”
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A cura definitiva: a leitura e a atenção
Não existe fórmula mágica. A única forma de se livrar desses e de outros “vírus” gramaticais é criar o hábito da leitura e prestar atenção em como as pessoas que escrevem bem se comunicam.
A língua portuguesa é cheia de armadilhas, mas com um pouco de atenção, você passa de “meio confuso” para “totalmente seguro” na sua comunicação.
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