Morre Michael Madsen, ator de Reservoir Dogs, aos 67 anos

O ator Michael Madsen faleceu aos 67 anos em sua casa em Malibu, conforme informações das autoridades e de seus representantes. Segundo o departamento do xerife, não há suspeitas de crime. A polícia foi chamada ao local na manhã de quinta-feira e Madsen foi declarado morto às 8h25. Seu empresário, Ron Smith, confirmou que a causa da morte foi uma parada cardíaca.

Em comunicado, Smith, junto com a gerente Susan Ferris e a publicista Liz Rodriguez, destacou que nos últimos dois anos Madsen estava envolvido em projetos importantes no cinema independente, incluindo os filmes “Resurrection Road”, “Concessions” e “Cookbook for Southern Housewives”. Ele também estava ansioso para lançar um novo livro intitulado “Tears for My Father: Outlaw Thoughts and Poems”, que estava em fase de edição. Madsen era reconhecido como um dos atores mais icônicos de Hollywood e sua morte deixa uma grande lacuna no entretenimento.

Ao longo de sua carreira de quatro décadas, Madsen conquistou reconhecimento por seus papéis de personagens enigmáticos e frequentemente sarcásticos em filmes como “Kill Bill: Vol. 1”, “Reservoir Dogs”, “Thelma & Louise” e “Donnie Brasco”. Ele também participou de filmes mais recentes de Quentin Tarantino, como “The Hateful Eight” e “Once Upon a Time in Hollywood”. Sua filmografia é extensa, com 346 créditos listados, incluindo títulos como “The Doors”, “Free Willy”, “Species”, “Die Another Day”, “Sin City” e “Scary Movie 4”.

Madsen iniciou sua carreira em Chicago no Steppenwolf Theatre, onde foi aprendiz de John Malkovich. Ele estreou no cinema em 1983 no filme de ficção científica “WarGames”. Seu grande reconhecimento veio em 1994, quando interpretou o temível criminoso Mr. Blonde em “Reservoir Dogs”, projeto de Quentin Tarantino. Sua atuação foi aclamada, mesclando uma presença ameaçadora com uma jovialidade inconfundível. Inicialmente, ele desejava o papel de Mr. Pink, que acabou sendo interpretado por Steve Buscemi, pois esse personagem tinha mais interações com seu ídolo, Harvey Keitel.

Apesar de ter trabalhado com Tarantino novamente em “Pulp Fiction” alguns anos depois, Madsen perdeu oportunidades em papéis significativos em filmes como “LA Confidential” e “Natural Born Killers”, que poderiam ter ampliado sua carreira. Em entrevistas, ele expressou frustração por não ter sido considerado para muitos papéis, o que gerou um sentimento de falta de apoio na indústria cinematográfica, especialmente em momentos difíceis da sua vida.

Madsen também comentou sobre a “inconstância” em sua carreira, mencionando que pode ter nascido em uma época errada. Ele se via como um resquício do passado do cinema, quando as produções eram mais diretas e simples. O ator expressou uma preferência por atividades mais práticas do que pela performance em si, afirmando que sentia mais afinidade com ocupações tradicionais do que com a vida de artista.

Ele era irmão da atriz Virginia Madsen e tinha sido casado três vezes, além de ter sete filhos, um dos quais faleceu antes dele.