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A pegadinha de R$65 mil que a Jeep esconde no Renegade

O Jeep Renegade é um dos SUVs mais amados do Brasil, um verdadeiro objeto de desejo. Contudo, por trás do mesmo nome e da mesma carcaça, a Jeep esconde dois carros completamente diferentes, com um abismo de absurdos R$ 65 mil separando a versão mais barata da mais cara. De um lado, um Renegade “popular” de R$ 118 mil. Do outro, um Renegade “de luxo” de mais de R$ 180 mil.

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A diferença de preço é tão brutal que equivale a um carro popular 0km. Mas o que, afinal, justifica essa fortuna a mais? Será que a versão topo de linha, a Willys 4×4, vem com assentos folheados a ouro?

Ou será que a versão de entrada, a Sport, é uma pegadinha, uma casca vazia para atrair o consumidor pelo preço baixo?

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A verdade é que, embora ambos compartilhem o mesmo motor 1.3 turbo, a experiência de dirigir e, principalmente, de viver com cada um deles é drasticamente diferente.

Fomos a fundo na lista de equipamentos e na ficha técnica para desvendar o mistério por trás dessa diferença de preço e te ajudar a entender se vale a pena pagar o valor de um Fiat Mobi a mais pela versão completa.

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O Renegade de entrada: a casca com um motorzão

A versão Sport, que parte de R$ 118.290, é a isca perfeita. Ela oferece o principal atrativo do Renegade moderno: o potente motor 1.3 turbo de 176 cv, que garante um desempenho muito superior ao de seus concorrentes diretos. Contudo, o corte de custos para chegar a esse preço é agressivo e visível.

  • O que ele não tem: Esqueça a central multimídia. De fábrica, ele vem com um rádio básico. Rodas de liga leve? Também não, ele sai com rodas de aço e calotas.
  • A “pegadinha” do opcional: Quer a tela multimídia de 7 polegadas, câmera de ré e as rodas de liga leve? Você precisa comprar o “Pack Tech”, que custa salgados R$ 8.700. Ou seja, o Renegade minimamente equipado já salta para R$ 126.990.
  • Tração simples: A tração é apenas 4×2 dianteira, com um câmbio automático de seis marchas. É um SUV para o asfalto, sem a capacidade off-road que fez a fama da marca.

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O Renegade completo: um carro de luxo com alma de trator

Na outra ponta, por R$ 182.990, a versão Willys é outro universo. É aqui que a Jeep coloca tudo o que tem de melhor, transformando o Renegade em um veículo de luxo com uma capacidade off-road real e impressionante.

  • Tração 4×4 de verdade: A grande diferença está no sistema de tração 4×4 com reduzida e seletor de terrenos, acoplado a um câmbio automático de nove marchas. Isso, somado à suspensão elevada e aos pneus de uso misto, permite que ele enfrente qualquer parada.
  • Pacote de luxo: O Willys vem recheado de mimos. Teto solar panorâmico, ar-condicionado digital de duas zonas, painel de instrumentos 100% digital, chave presencial e carregador de celular por indução são itens de série.
  • Segurança reforçada: Além dos itens básicos, ele já vem com frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa e controle de descida.

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O mesmo coração, mas corpos diferentes

Embora o motor 1.3 turbo seja o mesmo para os dois, o conjunto mecânico diferente impacta diretamente no desempenho.

O Willys, por conta do sistema 4×4 e dos equipamentos extras, é 167 kg mais pesado que o Sport. Isso se reflete na aceleração: o Sport vai de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos, enquanto o Willys precisa de 9,9 segundos para a mesma prova.

No fim das contas, a diferença de R$ 65 mil se justifica pela transformação de um SUV urbano e básico em um veículo 4×4 completo, luxuoso e extremamente capaz.

A pergunta que fica é: você precisa de tudo isso, ou o motorzão da versão de entrada já é o suficiente para o seu dia a dia?

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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