O truque do Minha Casa, Minha Vida que as construtoras odeiam

Você sonha com a casa própria, mas a ideia de esperar meses ou anos por um imóvel na planta te desanima? E se eu te dissesse que existe um “truque”, uma possibilidade dentro do Minha Casa, Minha Vida que a maioria dos brasileiros não conhece e que as grandes construtoras odeiam com todas as forças?
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Sim, é possível usar os juros baixíssimos do programa para comprar um imóvel usado, pronto para morar, no bairro que você escolher.
Essa modalidade, que permite mais liberdade e poder de escolha ao comprador, explodiu em popularidade. Em 2024, o Brasil bateu o recorde histórico, com mais de 155 mil famílias usando o MCMV para comprar uma casa ou apartamento usado.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Contudo, esse sucesso acendeu um alerta vermelho no setor da construção civil, que viu o dinheiro do programa “escapando” de seus novos empreendimentos.
A pressão foi tão grande que uma verdadeira guerra de bastidores começou, com o governo mudando as regras para frear essa tendência.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Mas, após a poeira baixar, como ficou o cenário? Quem pode se beneficiar e quais são as regras atuais para usar o maior programa habitacional do país para comprar um imóvel que não é novo?
A regra de ouro: quem pode e o que pode comprar?
Ao contrário do que muitos pensam, as regras básicas para financiar um imóvel usado pelo Minha Casa, Minha Vida são as mesmas dos novos. O principal é se enquadrar nos critérios de renda do programa e não ser proprietário de outro imóvel.
Veja mais: Moscas em casa: o que significam espiritualmente
Os requisitos essenciais:
- Renda familiar: Sua renda familiar mensal bruta precisa se encaixar em uma das faixas do programa.
- Não ser dono de outro imóvel: Você não pode ter outro imóvel registrado em seu nome na cidade onde pretende comprar.
- Não ter sido beneficiado antes: Você não pode já ter sido beneficiado por outros programas habitacionais do governo.
A grande diferença imposta para “desestimular” a compra de usados está no teto do valor do imóvel para a Faixa 3, que é mais baixo do que para imóveis novos.
Veja mais: Adeus apagão! NASA poderá enviar “raio” de eletricidade do espaço até sua casa
As faixas de renda e os juros que cabem no seu bolso
O grande atrativo do MCMV são os juros, que são absurdamente mais baixos que os do mercado (que giram em torno de 12% ao ano). Entender sua faixa de renda é o primeiro passo.
- Faixa 1 (renda de até R$ 2.640): Esta faixa geralmente recebe subsídios maiores e é mais voltada para moradias de programas específicos, com juros a partir de 4% ao ano.
- Faixa 2 (renda de R$ 2.640,01 a R$ 4.400): Juros um pouco maiores, mas ainda muito vantajosos.
- Faixa 3 (renda de R$ 4.400,01 a R$ 8.000): Esta foi a faixa que mais sofreu com a pressão das construtoras. O teto para imóveis usados é de R$ 270 mil, e a entrada exigida, que chegou a ser de 50%, agora foi reduzida para 35% (Sul/Sudeste) e 20% (outras regiões), uma melhora significativa.
- Faixa 4 (renda de R$ 8.000,01 a R$ 12.000): A grande novidade de 2025. Esta faixa, criada para a classe média, permite financiar imóveis de até R$ 500 mil com uma taxa de juros de 10% ao ano, ainda muito competitiva.
Por que as construtoras odeiam essa modalidade?
A resposta é simples: dinheiro e controle. Para a indústria da construção, o financiamento de imóveis novos gera empregos, movimenta a cadeia de materiais e realimenta o FGTS, que é a fonte de recursos do programa.
A compra de um usado, na visão deles, não gera essa “roda da economia”. Contudo, para o comprador, a liberdade de escolher um imóvel pronto, em uma localização que atenda às suas necessidades, é um benefício inestimável que, felizmente, ainda está ao seu alcance.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE