Adeus, busão: a “aberração” nos trilhos que pode parar na sua porta

Quem nunca passou horas a fio dentro de um ônibus, olhando a mesma paisagem pela janela, sonhando em chegar logo ao destino? A viagem entre uma grande capital e uma cidade do interior, ou mesmo entre dois polos regionais, quase sempre é sinônimo de um cansaço que parece não ter fim.
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É um tempo precioso da vida que se esvai em estradas nem sempre perfeitas, um teste de paciência que todo brasileiro conhece bem.
Mas, em algum lugar da nossa memória coletiva, existe o eco de um outro tipo de viagem. Uma forma de se locomover mais charmosa, mais constante e, quem sabe, até mais humana.
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Uma época em que o balanço suave sobre os trilhos e o apito do trem anunciavam a chegada e a partida, conectando o país de um jeito que hoje parece ter ficado apenas nos livros de história e nos filmes antigos.
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Acontece que esse sonho, que parecia enterrado sob o asfalto e a preferência quase exclusiva pelas rodovias, pode estar prestes a ser desenterrado de uma forma revolucionária. Um plano ambicioso, que está sendo desenhado nos bastidores, promete não apenas criar uma nova opção, mas reviver um gigante adormecido e mudar para sempre o mapa das viagens pelo Brasil.
Tirando a poeira de um projeto esquecido
A grande sacada dessa iniciativa não é construir tudo do zero, o que levaria décadas e custos astronômicos. A ideia é muito mais inteligente: reaproveitar quilômetros e quilômetros de ferrovias que já cortam o país, mas que hoje são usadas quase que exclusivamente para o transporte de cargas.
É como descobrir uma rede de avenidas prontas, mas escondidas, esperando apenas para serem adaptadas para levar pessoas com conforto e segurança, transformando o velho no novo.
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Mas isso não é só mais uma promessa vazia?
É natural pensar com ceticismo, afinal, já ouvimos muitas promessas antes. Porém, desta vez a história parece diferente. O projeto não é um devaneio, mas sim um conjunto de estudos técnicos e econômicos que já estão em fase avançada, conduzidos pelo Ministério dos Transportes.
A inspiração vem de modelos que já deram certo no planejamento, indicando que a intenção é criar algo realmente viável e que funcione para a população, e não apenas uma pintura bonita no papel.
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As seis rotas que vão reconectar o Brasil
A revolução sobre trilhos planeja interligar todas as regiões do país. Os estudos preveem seis novas linhas de passageiros. No Nordeste, os planos incluem ligar Salvador a Feira de Santana (BA), Fortaleza a Sobral (CE) e São Luís a Timbiras (MA).
No Centro-Oeste, a rota conectaria Brasília (DF) a Luziânia (GO). E no Sul, o projeto visa unir Pelotas a Rio Grande (RS) e, no Paraná, o famoso “Trem Pé Vermelho” ligaria Maringá a Londrina, retomando conexões que vão encurtar distâncias e transformar a realidade de milhões de brasileiros.
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