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Traficante do Rio usava MS como rota para armas, diz investigação

Ponta Porã é Identificada como Rota de Tráfico de Drogas e Armas por Traficante Carioca

A cidade de Ponta Porã, localizada a 313 km de Campo Grande e na fronteira com o Paraguai, voltou a ser mencionada em investigações relacionadas ao tráfico de drogas e armamentos. A polícia brasileira apontou que o traficante carioca Philip da Silva Gregório, conhecido como "Professor", utilizava a cidade como um ponto de compra e entrada de material ilícito.

Philip, 37 anos, era considerado o líder do tráfico no Morro da Fazendinha, parte do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. Recentemente, ele foi encontrado morto com um tiro na cabeça. Sua amante declarou que ele cometeu suicídio durante um surto, influenciado por álcool.

Segundo a Polícia Civil do Rio, Philip liderava um esquema que envolvia a organização criminosa Comando Vermelho. O esquema de lavagem de dinheiro operava por meio de eventos culturais na comunidade, envolvendo influenciadores digitais e empresas de fachada. O dinheiro gerado nessas atividades era enviado para Mato Grosso do Sul, onde a facção adquiria armas e drogas que seriam utilizadas em confrontos violentos no Rio de Janeiro.

Nesta semana, a influenciadora e empresária Vivi Noronha foi alvo de mandados de busca e apreensão no Rio. Há suspeitas de sua ligação com atividades de lavagem de dinheiro relacionadas ao Comando Vermelho. Ela é esposa do cantor de funk Poze do Rodo, que foi preso na semana passada, mas os casos não estão diretamente ligados.

A Operação Dakovo, realizada em dezembro de 2023, revelou que "Professor" comprava armas de guerra de países europeus, que eram trazidas para o Paraguai antes de serem vendidas a criminosos brasileiros. As investigações mostraram que ele mantinha contatos diretos com fornecedores paraguaios, que estariam ligados a um contrabandista de armas argentino.

Philip Gregório possuía 65 anotações criminais e iniciou sua trajetória no crime em 2012, atuando como contador do tráfico. Ele estava foragido desde 2018, após uma saída temporária, e tinha três mandados de prisão em aberto. Ele também lutava com problemas de saúde mental, usando medicamentos controlados para depressão, e, malgré isso, frequentemente consumia álcool e participava de festas no Complexo do Alemão.

As autoridades continuam as investigações para desmantelar essa rede de tráfico e lavagem de dinheiro, que tem causado impactos significativos na segurança pública.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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