“Situação estranha” declara Rosângela Moro sobre despesas de Janja; vídeo

A deputada federal Rosângela Moro, do União Brasil em São Paulo, anunciou que já tem o apoio necessário para avançar com um projeto de lei que visa melhorar a publicidade e a transparência dos gastos e agendas da primeira-dama, Janja da Silva. Em entrevista, Rosângela descreveu a situação como “bizarra” e mencionou que Janja se encontra em um “limbo jurídico”.
A proposta da parlamentar pretende tornar mais rígidas as regras sobre a transparência nos gastos dos familiares de chefes de Estado. Rosângela ressaltou que Janja possui um gabinete com cerca de 20 assessores e lida com orçamento, o que, segundo ela, justifica a necessidade de regulamentação de sua função. “O fato é que nunca se imaginou que seria preciso criar uma lei para uma posição como a de primeira-dama. Chegamos a essa situação estranha”, afirmou.
Além disso, Rosângela destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deseja nomear a esposa para um cargo público, uma ação que tornaria Janja sujeita à Lei de Acesso à Informação. “Ele a mantém em um campo de sombras. Se ela fosse nomeada, poderia ter mais clareza sobre suas atividades”, completou.
Em relação ao cenário político no Paraná, a deputada se mostrou favorável à federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP), acreditando que esse movimento pode fortalecer as siglas para a formação de uma terceira via nas eleições de 2026. Sobre o governador paranaense Ratinho Júnior, do PSD, Rosângela o destacou como um bom nome para concorrer à presidência, alinhando-o a outros políticos de destaque.
Rosângela também abordou o passado recente de políticos do PP, que foram críticos ou investigados pela Operação Lava Jato. Ela afirmou que a operação “aparentemente já acabou” e não deve ser usada como arma política, pois envolveu questões jurídicas.
A deputada confirmou que mantém seu domicílio eleitoral no Paraná, desconsiderando polêmicas sobre uma mudança para São Paulo. Embora tenha recebido um convite para ser candidata a vice-prefeita de Curitiba em 2024 ao lado do deputado Ney Leprevost, ela explicou que atendeu a uma solicitação do partido. Quanto a críticas de Leprevost, que mencionou que sua campanha começou a desandar após a escolha de Rosângela, ela minimizou a tensão, afirmando não ter mais nada a comentar sobre o assunto.
O momento político para a deputada é delicado, e ela considera prematuro discutir planos eleitorais. A declaração de Rosângela Moro revela não apenas sua posição em relação à primeira-dama, mas também suas leituras sobre o cenário político do país e a dinâmica entre partidos.