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O salário auxílio secreto que sua empresa pode te pagar e não te conta

Você sonha em fazer uma faculdade, uma pós-graduação ou aquele curso de inglês que pode mudar sua carreira, mas o dinheiro é sempre o maior obstáculo. E se eu te dissesse que a empresa onde você trabalha pode ter a obrigação legal de pagar pelos seus estudos, e que esse benefício funciona como um “salário secreto”, livre de impostos? Sim, esse direito existe, está na lei, mas a maioria dos brasileiros sequer sabe da sua existência.

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Trata-se do Auxílio Educação, um benefício previsto na CLT que, embora não seja obrigatório para todas as empresas, é uma carta na manga que pode transformar sua vida profissional.

É um dinheiro destinado a cobrir total ou parcialmente os custos com sua formação, desde a matrícula e mensalidade até livros e material didático.

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Contudo, por não ser um direito “automático” como o 13º salário, muitas empresas não o divulgam ativamente, e milhões de trabalhadores perdem a chance de ter seus estudos financiados pelo patrão. Mas quem tem direito a esse benefício?

Como saber se sua empresa oferece? E qual é o segredo que o torna tão vantajoso tanto para você quanto para o seu chefe?

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O que é o Auxílio Educação e o que ele pode pagar?

Previsto no artigo 458 da CLT, o Auxílio Educação é um valor que a empresa pode pagar ao funcionário para custear sua formação.

O grande “pulo do gato” da lei é que esse valor não tem natureza salarial. Isso significa que sobre ele não incidem descontos como INSS ou Imposto de Renda, e a empresa também não paga encargos trabalhistas. É um dinheiro “limpo”, que vai direto para o seu desenvolvimento.

O que ele pode cobrir? A lei é ampla, e o benefício pode ser usado para:

  • Cursos de graduação e pós-graduação.
  • Cursos técnicos e profissionalizantes.
  • Cursos de idiomas.
  • Compra de livros e material didático essencial para a formação.

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Como descobrir se você tem esse direito escondido?

Como o benefício não é obrigatório, a primeira coisa a se fazer é investigar se sua empresa o oferece. O caminho é simples:

  1. Converse com o RH: O setor de Recursos Humanos é obrigado a te informar se a empresa possui uma política de Auxílio Educação e quais são as regras.
  2. Consulte o Acordo Coletivo: Muitas categorias profissionais negociam esse benefício diretamente com os sindicatos. Verifique o acordo coletivo da sua profissão, pois ele pode garantir esse direito para você.
  3. Não tenha medo de perguntar: Se a empresa não tiver uma política formal, isso não impede que você negocie. Apresente o curso que deseja fazer e mostre ao seu chefe como essa nova qualificação poderá beneficiar a própria empresa.

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Por que é um bom negócio para a empresa (e por isso você deve pedir)?

Muitos funcionários ficam com receio de pedir, achando que é um “favor”. Mas a verdade é que oferecer o Auxílio Educação é uma jogada de mestre para a empresa.

  • Retenção de talentos: É uma forma de valorizar o funcionário e mantê-lo na empresa.
  • Mão de obra qualificada: A empresa investe no seu próprio capital humano, ganhando um profissional mais preparado.
  • Vantagem fiscal: Como o auxílio não é salário, a empresa economiza em impostos e encargos.

Portanto, não se acanhe. Investigar e solicitar o Auxílio Educação não é pedir um favor. É buscar um direito que pode estar previsto e que representa um investimento mútuo, capaz de alavancar sua carreira e beneficiar a empresa onde você trabalha.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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