Presidente do América-MG apoia atleta e assegura que as acusações são sem fundamento.

Clubes se Pronunciam sobre Acusações de Injúria Racial

O América-MG se manifestou em relação às acusações de injúria racial envolvendo seu jogador, Miguelito, afirmando que os comentários dirigidos a ele são infundados. O presidente do conselho de administração do clube, Alencar da Silveira Jr., disse que não há “qualquer atitude, gesto ou declaração do jogador” que possa ser interpretada como discriminatória.

A declaração foi feita após uma investigação interna do clube, que concluiu que Miguel Ángel Terceros Acuña não cometeu nenhum ato condenável. Silveira enfatizou que Miguelito é reconhecido por sua ética, respeito e profissionalismo dentro do América-MG.

A polêmica começou durante uma partida na qual o atleta Allano Brendon de Souza Lima, do Operário-PR, alegou ter ouvido uma ofensa racial dirigida a ele por Miguelito. Segundo a súmula da partida, aos 30 minutos do primeiro tempo, Allano informou aos árbitros que foi chamado de “preto cagão” pelo jogador do América. No entanto, a equipe de arbitragem afirmou que não presenciou o incidente.

Após o jogo, Miguelito permaneceu no Paraná com o CEO do América-MG e o supervisor de futebol, enquanto o restante da delegação retornou a Belo Horizonte. O clube decidiu aguardar desdobramentos antes de fazer novos comentários. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também não emitiu um posicionamento sobre o caso até o momento.

O Operário-PR, por sua vez, expressou apoio a Allano e lamentou que a partida tenha continuado após a alegação. A Polícia Civil do Paraná confirmou que, após o jogo, os envolvidos foram levados para a 13ª Subdivisão Policial, onde Miguelito foi preso em flagrante pelo crime previsto na Lei nº 7.716/89, que trata de injúria racial.

A investigação policial está em andamento, e a polícia já entrou em contato com os canais de transmissão da partida em busca de imagens que possam comprovar as alegações. A pena máxima para esse tipo de crime pode chegar a cinco anos de reclusão.

A situação permanece em evolução, e os clubes envolvidos aguardam os resultados das investigações.