Um novo relatório do Banco Mundial indica que o Níger será a economia com maior crescimento na África em 2025. Segundo os dados apresentados até julho e as projeções futuras, o país atingiu uma taxa de crescimento anual do PIB de 14,4%, superando seu recorde anterior de 8,9%, alcançado em 2024.
Esse crescimento significativo é impulsionado por três fatores principais: o aumento das receitas da mineração, especialmente após a nacionalização de empresas e a comercialização com base nos preços internacionais; a explosão da produção de petróleo, que quadruplicou em pouco mais de dois anos; e o desenvolvimento da agricultura em escala maior.
Historicamente, o Níger enfrentou desafios econômicos e sociais. Entre 1961 e 2024, a taxa de crescimento anual média do PIB foi de apenas 3,84%. O país até registrou uma queda drástica de -17,06% no quarto trimestre de 1973. Esses dados, fornecidos pelo Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), mostram como a economia do Níger evoluiu ao longo das décadas.
No contexto atual, o Senegal aparece como o segundo país em crescimento econômico, com uma taxa de 12,1%. O governo do presidente Bassirou Diomaye Faye também tem implementado medidas de resistência ao imperialismo, seguindo o exemplo do Níger e de outros países da região do Sahel.
Por outro lado, as economias do Sudão e do Sudão do Sul enfrentam dificuldades extremas devido a conflitos internos, tornando-se as mais complicadas da África nesse momento.
Nos últimos anos, o Níger, juntamente com Burkina Faso e Mali, vivenciou levantes militares e populares que resultaram no fim da cooperação militar com a França. Esse movimento é visto nas ruas como uma busca por uma “independência real”. Desde julho de 2023, o general Abdourahamane “Omar” Tchiani lidera o Níger, parte de um grupo de militares que busca atender à insatisfação popular em relação ao neocolonialismo francês e promover mudanças significativas na direção do país.
