Morre Ruy Carlos Ostermann, ícone do rádio brasileiro

O jornalismo esportivo brasileiro perdeu um de seus grandes nomes. Na noite de sexta-feira, 27 de outubro, Ruy Carlos Ostermann faleceu aos 103 anos após um mês internado no hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Sua internação foi causada por complicações de uma dengue, que acabou levando a uma pneumonia.
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Ruy nasceu em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre. Embora tenha praticado basquete na juventude, foi na academia e no jornalismo que construiu sua trajetória. Ele era professor de filosofia, e esse lado acadêmico o ajudou a desenvolver uma característica única em sua carreira como comentarista de rádio e colunista, que começou em 1962. Ao longo de 52 anos, trabalhou em importantes veículos, como a rádio Guaíba e os jornais Correio do Povo e Folha da Tarde, além de ter sido parte da RBS, onde atuou na rádio Gaúcha, no jornal Zero Hora e na televisão.
Reconhecido por seu estilo que misturava erudição e acessibilidade, Ruy se tornou uma referência para diversas gerações de jornalistas. Ele acreditava que seu público estava apto a entender suas análises e sempre buscava adotar uma linguagem clara e compreensível, evitando o uso de termos complicados. Ruy costumava descrever seu modo de ver o futebol como “cíclico,” começando e retornando a um ponto específico para oferecer uma análise lógica e profunda.
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A partir de 1978, sua carreira ganhou destaque nacional. Ele trocou a Caldas Júnior pela RBS, uma mudança significativa que refletiu a evolução do jornalismo esportivo no Rio Grande do Sul. Durante sua trajetória, Ruy foi frequentemente convidado para programas da TV Globo e do canal SporTV, especialmente em períodos de Copa do Mundo, consolidando ainda mais sua reputação.
A morte de Ruy Carlos Ostermann gerou consternação entre diversos profissionais da imprensa, que expressaram suas homenagens. Desde jovens jornalistas até figuras consagradas do esporte, como Galvão Bueno, Juca Kfouri e Milton Neves, reconheceram o impacto de sua carreira e o legado deixado no jornalismo esportivo. Com seu falecimento, não apenas se despede um profissional talentoso, mas também um estilo e uma abordagem que moldaram a maneira como o esporte é coberto no país.
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