O ex-diretor da Polícia Federal, Rodrigo de Melo Teixeira, foi preso em uma operação realizada pela PF nesta quarta-feira para investigar casos de corrupção em órgãos ambientais. Teixeira atuou como diretor de Polícia Administrativa entre 2023 e 2025, tendo sido nomeado no início da gestão do atual diretor-geral Andrei Rodrigues. Ele ocupava uma posição de destaque dentro da hierarquia da PF.
A prisão de Teixeira faz parte de uma investigação maior que está em andamento, mas é uma ação distinta da operação que ocorreu em Minas Gerais, onde foram cumpridos 22 mandados de prisão. Ambas as operações são ligadas à mesma investigação e têm como foco os mesmos alvos.
De acordo com informações de integrantes da Polícia Federal, Teixeira teria utilizado sua esposa para formalizar uma empresa de exploração de minério. Por meio dessa empresa, ele estaria vendendo sua influência como diretor da PF para garantir uma participação em uma mineradora maior, que tinha planos de explorar uma mina. A PF apura que ele usava seus contatos e acesso à instituição para obter as autorizações necessárias para a exploração mineral.
Além disso, investigações indicam que Teixeira já estava negociando a venda de sua parte na mina por cerca de R$ 30 milhões. A defesa do delegado não foi contatada para comentar a situação.
