Greta Thunberg alerta sobre prisão de ativistas em rede social

No último domingo, uma mensagem alarmante foi divulgada nas redes sociais pela ativista sueca Greta Thunberg. Em um vídeo gravado previamente, Greta fez um apelo urgente, afirmando que, caso estivesse sendo vista em tal situação, significava que ela e outros ativistas tinham sido interceptados pelas forças israelenses enquanto tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Greta faz parte da Flotilha da Liberdade, uma missão marítima composta por ativistas de diversos países, que busca romper o bloqueio imposto a Gaza. No vídeo, ela pediu que amigos e familiares pressionassem o governo sueco para garantir a liberdade do grupo. “Somos ativistas pacíficos levando ajuda humanitária e precisamos ser libertados sem demora”, enfatizou.
Thiago Ávila, um ativista brasileiro que também estava a bordo, compartilhou um vídeo informando sobre sua possível detenção. “Se você está assistindo a este vídeo, significa que fui detido ou sequestrado por Israel ou forças cúmplices”, disse Thiago, solicitando que o governo brasileiro e os representantes de outros países envolvessem-se para garantir a libertação do grupo. Ele pediu uma ação imediata contra o que descreveu como genocídio e a necessidade de acabar com o cerco a Gaza.
Uma hora depois, Lara D’ávila, companheira de Thiago, também gravou um vídeo pedindo ajuda. Ela confirmou que recebeu mensagens informando sobre a interceptação e o ataque ao barco. “Precisamos da ajuda de vocês. Cobrem todos os parlamentares e o Itamaraty”, implorou.
Relatos sobre a interceptação indicam que drones do exército israelense cercaram a embarcação, utilizando uma substância branca para desativá-la. Comunicações foram cortadas e sons perturbadores foram emitidos via rádio para desorientar a tripulação. Thiago expressou a gravidade da situação, afirmando que a equipe não conseguia pedir ajuda.
Além disso, na véspera do ataque, o exército israelense já havia anunciado sua intenção de capturar o barco Madleen, levando-o ao porto de Ashdod e prendendo os ativistas. Essa ação é vista como parte da política de repressão do governo israelense contra iniciativas de ajuda ao povo palestino.
O barco estava transportando bens essenciais, como alimentos, filtros de água e medicamentos, em meio a uma grave crise humanitária na região, onde mais de 54 mil palestinos já perderam a vida devido aos conflitos recentes.
A Flotilha da Liberdade é composta por organizações e movimentos sociais que atuam de forma não violenta contra o bloqueio a Gaza, considerado ilegal por várias convenções internacionais e criticado por resoluções da ONU. A tripulação inclui não apenas Greta Thunberg e Thiago Ávila, mas também outras figuras públicas comprometidas com a causa humanitária.