Qual é a resposta certa na entrevista de emprego? Aprenda agora

A entrevista de emprego flui bem. Você está confiante, respondendo a tudo com segurança. O recrutador parece gostar de você. Mas, então, ele te olha nos olhos, faz uma pequena pausa e lança a pergunta que funciona como um teste de polígrafo, um verdadeiro “detector de mentiras” para separar os candidatos maduros dos amadores: “Qual o seu maior defeito?”.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O pânico é instantâneo. O cérebro busca uma resposta segura, um “defeito que soe como qualidade”. E, na maioria das vezes, o candidato entrega a resposta que o recrutador mais odeia no mundo, a mentira mais batida de todas, que acende uma luz vermelha no detector: “Ah, eu sou muito perfeccionista…”.
Se você já usou essa resposta, saiba que ela pode ter sido o motivo pelo qual você não recebeu aquela ligação de volta. Mas, e se eu te dissesse que essa pergunta não é uma armadilha, mas sim um presente?
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
E que, ao contrário do que parece, ela é a sua melhor oportunidade de mostrar quem você realmente é e de brilhar? Existe uma fórmula para passar nesse teste, e ela se baseia em uma honestidade brutalmente estratégica.
A anatomia de um desastre: por que a ‘mentira do perfeccionismo’ te elimina?
Quando um recrutador ouve “sou perfeccionista”, ele não pensa “uau, que candidato dedicado”. Ele pensa em uma destas três coisas, e nenhuma delas é boa:
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
- Ele está mentindo: Essa é a resposta mais clichê e ensaiada que existe. Um estudo do Journal of Applied Psychology já provou que candidatos autênticos são vistos como muito mais confiáveis. Ao usar essa resposta, você soa como alguém que decorou um script, e não como uma pessoa real.
- Ele não se conhece: Se você não consegue identificar uma fraqueza real, isso demonstra uma profunda falta de autoconhecimento e de maturidade profissional. Ninguém é perfeito, e quem finge ser geralmente é o profissional mais difícil de se trabalhar.
- Se for verdade, é péssimo: Um perfeccionista de verdade, que não consegue delegar, que perde prazos porque o trabalho “nunca está bom o suficiente”, é um problema para qualquer equipe. Você estaria confessando ser um gargalo em potencial.
Veja mais: Fiat enlouqueceu: R$ 11 mil de desconto em carro amado
O ‘gabarito’ da sinceridade: a fórmula para passar no teste
A resposta que impressiona não é aquela que esconde um defeito, mas aquela que mostra que você o identificou e está trabalhando nele. A fórmula de ouro tem 3 passos simples:
- Passo 1: Admita um defeito real (mas não fatal para a vaga). Escolha uma fraqueza genuína, mas que não te impeça de realizar a função principal do cargo. Exemplos: “Eu tinha dificuldade em dizer ‘não’ para novas tarefas e acabava me sobrecarregando” ou “No passado, eu era um pouco centralizador e tinha dificuldade em delegar”.
- Passo 2: Dê um exemplo curto de como isso já te atrapalhou. Isso prova que você está sendo honesto. Exemplo: “Isso me levou a perder alguns prazos no início da minha carreira, pois eu queria fazer tudo sozinho”.
- Passo 3 (O mais importante): Mostre o que você está fazendo para melhorar. Este é o nocaute. É aqui que você brilha. Exemplo: “Para corrigir isso, eu fiz um curso sobre gestão do tempo e hoje uso o método X para priorizar tarefas. Aprendi que delegar não é um sinal de fraqueza, mas de confiança na equipe, e isso melhorou muito minha produtividade e o clima do time”.
Veja mais: Dicas de exercícios para definir o abdômen com fisiculturista
O que o recrutador ‘lê’ na sua resposta (e não é o seu defeito)
No fim das contas, o recrutador não está muito interessado no seu defeito em si. O que ele está avaliando, o que o “detector de mentiras” dele está lendo, são suas qualidades subjacentes:
- Humildade: A capacidade de admitir que não é perfeito.
- Autoconhecimento: A maturidade de se autoavaliar de forma crítica.
- Proatividade: A iniciativa de buscar soluções e de estar em constante evolução.
Ao responder à pergunta mais temida da entrevista dessa forma, você deixa de ser apenas mais um candidato e se torna um profissional real, maduro e extremamente desejável.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE