Copom prevê juros altos por tempo longo para controlar inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa de juros no Brasil, anunciou que as taxas de juros do país permanecerão elevadas por um longo período. Em sua última reunião, realizada no dia 18 de outubro, o Copom decidiu aumentar a taxa Selic de 14,75% para 15% ao ano. Os integrantes do comitê concordaram que essa alta é necessária para controlar a inflação, que continua sendo um desafio no cenário econômico atual.
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A ata da reunião, divulgada na terça-feira (24), destaca que a inflação no Brasil apresenta dificuldades em várias áreas. De acordo com o documento, a política monetária precisará ser rigorosa e prolongada para garantir que a inflação atinja a meta estabelecida pelo governo.
O texto menciona que, em um cenário de “expectativas desancoradas”, as medidas de restrição monetária devem ser mais intensas e prolongadas do que seria normalmente apropriado. Essa abordagem visa assegurar a convergência da inflação em direção à meta.
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Nos últimos 12 meses, até maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, registrou uma alta de 5,32%, superando a meta de 4,5% estipulada pelo governo.
A taxa Selic é um indicador fundamental para a economia do país e serve como principal ferramenta do Banco Central no controle da inflação. Quando a Selic é reduzida, os juros sobre empréstimos e financiamentos diminuem, o que estimula o crescimento econômico, aumento de empregos e salários. Contudo, um aumento na Selic torna os créditos mais caros, desestimulando compras e investimentos, o que pode conter a inflação, mas também prejudica o crescimento econômico.
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Desde que assumiu a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido uma redução na taxa Selic. No entanto, os membros do Copom, escolhidos por ele para o Banco Central, têm mostrado visões diferentes em relação a essa questão.
Economistas ligados a instituições financeiras não acreditam que a Selic será reduzida antes de 2025. As previsões indicam que a taxa deve se manter em 15% até o final do ano. Essa expectativa foi atualizada no Boletim Focus, um documento semanal que apresenta as previsões de economistas do mercado financeiro sobre diversos indicadores econômicos.
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