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Anvisa autoriza remédio para atrasar progressão do Alzheimer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro do medicamento Kisunla, conhecido também como donanemabe. Esse remédio é destinado ao tratamento de pessoas com comprometimento cognitivo leve e demência leve associada à doença de Alzheimer. Ele é um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide, responsável pela formação de placas no cérebro dos pacientes com Alzheimer.

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A problema causado pela beta-amiloide é que essas placas prejudicam a função cerebral, e a atuação do donanemabe consiste em reduzir esses aglomerados, o que pode retardar o avanço da doença.

O estudo que levou à aprovação do medicamento envolveu 1.736 pacientes que apresentavam sinais iniciais da doença, incluindo comprometimento cognitivo leve e demência leve. Esses pacientes foram divididos em dois grupos: um recebeu tratamento com donanemabe, enquanto o outro recebeu um placebo, que é uma infusão simulada. O tratamento durou até 72 semanas, durante as quais foram administradas doses de 700 mg nas três primeiras aplicações e, posteriormente, 1.400 mg a cada quatro semanas para cerca de 860 pacientes.

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Ao final do estudo, foi observado que aqueles tratados com donanemabe mostraram uma progressão significativa menor da doença em comparação ao grupo que recebeu placebo.

Entretanto, o uso do donanemabe não é recomendado para pessoas que tomam anticoagulantes, como a varfarina, ou que tenham sido diagnosticadas com angiopatia amiloide cerebral por meio de exames de ressonância magnética. Para esses pacientes, os riscos associados ao tratamento superariam os possíveis benefícios.

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As reações adversas mais frequentes associadas ao donanemabe incluem febre e sintomas semelhantes aos da gripe, além de dores de cabeça. A Anvisa afirma que continuará monitorando a segurança e a eficácia do medicamento, implementando estratégias para minimizar riscos.

A doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que causa deterioração da memória e outras funções cognitivas. Ela envolve a produção inadequada de proteínas no sistema nervoso, resultando em fragmentos tóxicos que afetam os neurônios. Com o tempo, isso leva à perda de células nervosas em áreas do cérebro responsáveis pela memória e pela linguagem, como o hipocampo e o córtex cerebral.

Atualmente, no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza centros de referência que oferecem tratamento integral, multidisciplinar e gratuito para pacientes com Alzheimer. Além de medicamentos, esses centros buscam melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reconhecendo a importância do cuidado contínuo de profissionais de saúde e familiares no dia a dia.

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Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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