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Esse é o carro elétrico que todo mundo quer e esses são os que mais vendem

A revolução silenciosa dos carros elétricos e híbridos no Brasil se transformou em uma guerra aberta e sangrenta nas concessionárias. De um lado, as marcas tradicionais, com seus nomes de peso e décadas de história. Do outro, as novas e agressivas montadoras chinesas, com sua tecnologia de ponta e preços que desafiam a lógica do mercado.

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Por meses, acompanhamos essa batalha, nos perguntando quem levaria a melhor. Acreditava-se em uma disputa acirrada, um equilíbrio de forças.

Mas os números de vendas do primeiro semestre de 2025 acabam de ser divulgados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), e eles não mostram uma batalha. Eles mostram um massacre. Uma verdadeira “chacina” promovida por duas gigantes chinesas, a BYD e a GWM, que não apenas lideraram, mas dominaram completamente os rankings, deixando as marcas tradicionais comendo poeira.

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O ‘reino’ do golfinho: o massacre nos carros 100% elétricos

No segmento dos carros puramente elétricos, a palavra não é domínio; é tirania. E a tirania tem nome e sobrenome: BYD Dolphin Mini.

  • O Rei Absoluto: O pequeno compacto da BYD vendeu, sozinho, impressionantes 13.222 unidades no primeiro semestre.
  • O Massacre em Números: Para se ter uma ideia da surra, o Dolphin Mini vendeu mais do que o dobro do segundo colocado, seu irmão maior, o BYD Dolphin (com 6.288 unidades).
  • O Pódio Chinês: O terceiro lugar ficou com o Volvo EX30 (2.035 unidades), que, embora seja uma marca sueca, pertence à gigante chinesa Geely. A BYD ainda emplacou o Yuan Pro e o Seal em 4º e 5º lugar, respectivamente. A primeira marca “não-chinesa” a aparecer na lista é a Renault, com o Kwid E-Tech, em um distante 7º lugar.

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A ‘guerra’ dos híbridos: a batalha vencida (de novo) pela BYD

No mercado de carros híbridos, a batalha foi um pouco mais equilibrada, mas o resultado final foi o mesmo. A guerra foi travada, principalmente, entre dois modelos:

  • 1º lugar: O BYD Song Pro, com 11.118 unidades vendidas.
  • 2º lugar: O GWM Haval H6, com 10.708 unidades, uma diferença de apenas 410 carros.

Mas, novamente, o domínio chinês é avassalador. A BYD ainda aparece em 3º e 4º lugar com o King e o Song Plus. A primeira marca tradicional a dar as caras na lista é a Toyota, com o Corolla Cross, em um modesto 5º lugar, com menos da metade das vendas do líder.

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O ‘novo normal’: o que a lista nos diz sobre o futuro do seu carro

Os números não mentem, e a sentença do primeiro semestre de 2025 é clara: o domínio chinês, liderado pela BYD, não é mais uma promessa; é um fato consumado.

A estratégia agressiva de oferecer carros com muito mais tecnologia, acabamento e, em muitos casos, desempenho, por um preço igual ou inferior ao dos concorrentes tradicionais, se provou uma fórmula de sucesso avassalador.

Enquanto as marcas tradicionais ainda patinam para reagir, a “chacina” chinesa redesenhou completamente o mapa do mercado automotivo no Brasil, e este parece ser apenas o começo.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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