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Você está destruindo seu carro no posto; o segredo da calibragem dos pneus

A cena é uma das mais banais na vida de um motorista. Você para no posto de gasolina para abastecer e, enquanto o frentista enche o tanque, você decide fazer aquela tarefa rápida e responsável: “dar uma calibrada” nos pneus. Parece um ato simples, quase automático. Você chuta um número que parece correto, talvez 30 ou 32 libras, espera o apito da máquina e segue viagem, certo?

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Com essa tarefa cumprida, você sente que fez sua parte. Acredita que o carro está mais seguro, mais econômico e que os pneus estão em ordem. É uma sensação de dever cumprido, uma pequena manutenção que te deixa com a consciência tranquila para pegar a estrada ou rodar pela cidade.

Mas, e se eu te dissesse que esse ato, feito de forma automática e sem o conhecimento correto, pode ser a principal razão pela qual seus pneus duram muito menos do que deveriam?

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E se essa calibragem “no piloto automático” estiver, na verdade, aumentando seu gasto com combustível e, no pior dos casos, colocando sua segurança em risco? A verdade é que existe um jeito certo e vários jeitos perigosamente errados de fazer isso, e a maioria de nós comete os mesmos erros fatais.

O ‘código secreto’ da pressão (que não está no pneu)

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O primeiro erro, e o mais comum, é achar que a pressão correta é um número padrão ou que ela está escrita na lateral do pneu. Não está. Aqueles números grandes no pneu indicam a pressão máxima que ele suporta, não a ideal para o seu carro.

O “código secreto” com a calibragem exata está escondido em outros lugares, e o fabricante do seu veículo o deixou bem à mostra para você:

  • Na porta do motorista: Abra a porta e procure por uma etiqueta de metal ou adesivo na coluna. A pressão correta está lá.
  • Na tampa do tanque de combustível: Muitas vezes, ao abrir a portinhola do tanque, você encontrará as mesmas informações.
  • No manual do proprietário: O manual do carro é seu melhor amigo e sempre conterá a calibragem ideal.

Fique atento, pois muitas vezes há duas indicações: uma para o carro com poucos ocupantes e outra para o carro com carga máxima (mais pesado).

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O erro fatal: por que calibrar com pneu ‘quente’ é uma cilada

Aqui está o segredo que pode mudar seu jogo. Você NUNCA deve calibrar os pneus depois de ter rodado muito. O ideal é que eles estejam “frios”, ou seja, que você tenha andado no máximo 2 ou 3 quilômetros até o posto.

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Por quê? A física explica: quando o pneu esquenta com o atrito do asfalto, o ar dentro dele se expande, e a pressão aumenta. Se você calibrar o pneu quente, a máquina vai ler uma pressão falsamente alta. Ao colocar as 32 libras, por exemplo, quando o pneu esfriar e o ar se contrair, a pressão real ficará muito mais baixa, talvez em 28 ou 29 libras, deixando seu pneu murcho sem que você saiba.

O checklist do expert: os 3 mandamentos da calibragem perfeita

Para nunca mais errar e garantir que seus pneus durem o máximo possível, siga este checklist simples, mas poderoso:

  1. Frequência é a chave: Não espere o pneu parecer murcho. Crie o hábito de calibrar a cada 15 dias, sempre com os pneus frios.
  2. O estepe também existe: O pneu reserva é o mais negligenciado. Calibre-o uma vez por mês, mas com uma pressão um pouco maior, entre 3 a 5 libras acima do recomendado para os pneus de rodagem. Isso garante que ele não estará murcho justamente na hora da emergência.
  3. Nitrogênio ou ar comum? O nitrogênio é mais estável e sofre menos variação com a temperatura, o que é ótimo. Mas não faz milagre. É muito melhor ter um pneu com ar comum na pressão correta do que um pneu com nitrogênio com a pressão errada. O mais importante é sempre manter a calibragem indicada pelo fabricante.
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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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