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Imposto vai aumentar! A data final para comprar seu carro barato

Nos últimos dois anos, o consumidor brasileiro viveu uma era de ouro. A “invasão” de carros elétricos e híbridos chineses, como os da BYD e da GWM, inundou o mercado com tecnologia de ponta, design arrojado e, o mais importante, preços competitivos. Essa “festa” só foi possível graças a um benefício do governo: o imposto de importação reduzido para veículos eletrificados.

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Mas toda festa chega ao fim. E a conta, agora, parece que vai chegar. O governo já decretou o fim dos benefícios, e a “guilhotina” do imposto de importação está afiada e pronta para cair sobre os preços dos carros mais desejados do Brasil.

Para quem está sonhando em comprar um carro elétrico ou híbrido, o recado é claro: o tempo está acabando.

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A data para o próximo e mais pesado aumento de imposto já está marcada, e ela vai impactar diretamente o seu bolso. Você tem, literalmente, poucos dias para agir e fugir dessa nova realidade de preços.

A ‘sentença’ de 1º de julho: como o imposto vai subir

Marque no seu calendário, pois a virada de chave acontece em 1º de julho. A partir desta data, a alíquota do imposto de importação para carros eletrificados sofrerá um aumento significativo, como parte de um cronograma gradual do governo. Veja como fica a “facada”:

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  • Carros Elétricos (BEV): O imposto salta de 18% para 25%.
  • Híbridos Plug-in (PHEV): O imposto sobe de 20% para 28%.
  • Híbridos Comuns (HEV): O imposto vai de 25% para 30%.

E este é apenas o penúltimo passo. Em julho de 2026, a “guilhotina” final cairá, e todos eles passarão a pagar a alíquota cheia de 35%.

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O ‘drible’ chinês: o truque dos estoques e da produção nacional

Diante da morte anunciada dos preços baixos, você acha que as montadoras chinesas ficaram paradas esperando? Negativo. Elas prepararam um contra-ataque, um “drible” para fugir do imposto e continuar competitivas.

  • O Truque do Estoque: Sabendo do aumento, a BYD, por exemplo, fretou navios gigantes e trouxe milhares de carros de uma só vez para o Brasil. Com isso, ela criou um estoque gigantesco que foi nacionalizado com o imposto antigo e que poderá ser vendido pelos próximos meses sem o repasse do aumento.
  • A ‘Fuga’ para a Produção Nacional: A partir de julho, BYD e GWM começam a “fabricar” carros no Brasil, em suas novas fábricas na Bahia e em São Paulo. Mas aqui há outro truque: a produção inicial será no modelo CKD/SKD, onde os carros chegam desmontados em kits e são apenas finalizados aqui. O imposto sobre esses kits é muito menor (entre 16% e 18%), o que lhes garante uma enorme vantagem de preço.

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A ‘guerra’ dos kits: a nova briga das montadoras tradicionais

As montadoras tradicionais (representadas pela Anfavea), que produzem de fato no Brasil, já perceberam esse “drible” e não gostaram nada. Elas iniciaram uma nova “guerra” em Brasília.

O novo lobby é para que o governo aumente também o imposto sobre os kits CKD/SKD para os mesmos 35%, alegando que a prática não gera empregos e enfraquece a indústria nacional de autopeças.

A “guilhotina” do imposto para os carros importados vai, sim, cair em 1º de julho. Mas a batalha está longe de acabar. Uma nova guerra, agora sobre os kits, já começou, e o resultado dela definirá o preço do seu futuro carro no Brasil.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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