Ele se fingiu de “fantasma” para viajar de graça em avião por 6 anos

Viajar pelo mundo, assistir a shows e eventos esportivos em diferentes cidades, embarcar em um avião sempre que der na telha. Para a maioria de nós, isso é um sonho que esbarra em um obstáculo intransponível: o preço absurdo das passagens aéreas. Nós juntamos dinheiro por meses para conseguir fazer uma única viagem.
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Mas, e se eu te dissesse que um homem viveu esse sonho intensamente por seis longos anos, sem gastar um único centavo em passagens?
Um americano de 35 anos, chamado Tiron Alexander, conseguiu a proeza de se infiltrar em mais de 120 voos, de sete companhias aéreas diferentes, e viajar como e para onde queria.
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Ele não era um milionário, nem um hacker que invadia o sistema para emitir bilhetes. O segredo dele era muito mais ousado, uma fraude que explorou uma falha grave na segurança das próprias companhias e o transformou em um verdadeiro “fantasma dos céus”.
A história dele é tão inacreditável que chocou as autoridades e acendeu um alerta vermelho em todo o setor aéreo dos Estados Unidos.
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O ‘disfarce’ de comissário: a falha no sistema que permitiu a fraude
A genialidade do golpe de Tiron Alexander não estava em criar passagens falsas, o que seria facilmente detectado. Ele foi muito mais fundo.
Ele descobriu uma vulnerabilidade no sistema de reservas que as próprias companhias aéreas usam para os seus funcionários. O truque dele era o seguinte:
- Ele acessava o sistema e, usando identidades forjadas, se cadastrava como um comissário de bordo ativo de uma determinada empresa.
- Com um número de crachá falso e uma data de contratação fictícia, ele simplesmente se incluía na lista de tripulantes de voos que lhe interessavam.
- Como membro da tripulação, ele não precisava de passagem e tinha acesso a áreas restritas dos aeroportos.
Ele repetiu essa operação por seis anos, usando cerca de 30 identificações falsas e se passando por funcionário de pelo menos sete companhias aéreas diferentes.
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A ‘vida de rei’: 120 voos para shows, jogos e lazer
O mais impressionante é que Tiron não usou seu “superpoder” para espionagem ou qualquer outro crime complexo.
Sua motivação era o puro lazer. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, ele usou os mais de 120 voos gratuitos para levar uma verdadeira “vida de rei”, viajando pelo país para assistir a jogos da NBA, a shows e para curtir férias em diferentes destinos, tudo na faixa.
O esquema, segundo a promotoria, pode ter contado com a ajuda de funcionários reais das empresas, que teriam facilitado a farsa.
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A ‘sentença’: o fantasma foi capturado e pode pegar 30 anos de prisão
Mas toda festa tem um fim. Após uma longa investigação, o “fantasma dos céus” foi finalmente identificado e preso no dia 5 de junho de 2025. Ele foi considerado culpado pelos crimes de fraude eletrônica e acesso não autorizado a áreas restritas de aeroportos.
A “conta” pela vida de rei chegou, e ela é altíssima: Tiron Alexander agora aguarda sua sentença, que será anunciada em agosto, e pode pegar até 30 anos de prisão.
O caso dele não é apenas a história de um golpista audacioso; é um alerta gravíssimo sobre as falhas de segurança que existem no coração do sistema aéreo e que colocam em risco a vida de todos os passageiros.
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