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4 asteroides gigantes podem atingir a Terra e você NÃO sabia

Asteroides costumam aparecer apenas em filmes catastróficos ou em manchetes alarmantes, mas, na realidade, fazem parte constante do monitoramento astronômico. São corpos rochosos que restaram da formação do sistema solar e podem variar muito em tamanho, composição e trajetória.

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Enquanto a maioria permanece distante, alguns se aproximam da Terra, alimentando tanto o fascínio científico quanto preocupações legítimas. Cientistas do mundo inteiro acompanham esses objetos de perto, pois além de riscos potenciais, eles também carregam pistas importantes sobre a origem da vida.

Quatro desses asteroides se destacam entre os objetos monitorados, seja pelo tamanho, pela proximidade ou pelo interesse científico. Entender quem são eles, seus riscos reais e o que está sendo feito para nos proteger pode revelar um universo fascinante que passa despercebido pela maioria.

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Asteroides gigantes próximos da Terra intrigam cientistas e motivam estudos de defesa planetária.

Apophis e o medo do deus egípcio do caos

O asteroide Apophis, batizado em homenagem ao deus egípcio do caos, foi descoberto em 2004 e logo causou alarde ao ser apontado como potencial ameaça à Terra. Na época, havia pequena chance de colisão, mas cálculos mais recentes afastaram qualquer risco até pelo menos o próximo século.

Em 13 de abril de 2029, Apophis fará uma passagem extremamente próxima do nosso planeta, a apenas 32 mil quilômetros da superfície, distância menor do que a de muitos satélites geoestacionários. Será possível observá-lo a olho nu em alguns locais.

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Cientistas alertam que essa aproximação pode modificar a órbita do asteroide devido à força gravitacional da Terra. Existe até a possibilidade de o formato de Apophis se alterar, algo que intriga pesquisadores interessados em estudar a estrutura interna dos asteroides.

Apesar de não oferecer risco imediato, Apophis continua sob vigilância constante. Sua observação é importante para aprimorar técnicas de monitoramento e defesa planetária, caso surjam ameaças reais no futuro.

O enigmático 2024 YR4 e a possibilidade de impacto

Outro asteroide que chamou atenção recentemente foi o 2024 YR4, descoberto no ano passado. Inicialmente, houve especulações sobre uma chance pequena de colisão com a Terra em 2032, mas novos cálculos da Nasa descartaram esse risco para o nosso planeta.

Com tamanho entre 53 e 67 metros, equivalente a um prédio de cerca de 15 andares, o 2024 YR4 ainda mantém uma chance, mesmo que pequena, de colidir com a Lua. Essa possibilidade é de 3,8%, mas não provocaria grandes mudanças na órbita do satélite natural.

A trajetória desse asteroide ainda está sendo refinada, pois corpos menores são mais difíceis de detectar e rastrear. Esse é um dos motivos pelos quais asteroides de dimensões modestas preocupam mais os astrônomos do que gigantes já bem conhecidos.

O caso do 2024 YR4 exemplifica como previsões iniciais podem mudar rapidamente à medida que mais dados são coletados. Isso reforça a importância do monitoramento constante e de tecnologias capazes de identificar objetos potencialmente perigosos.

Didymos, Dimorphos e a missão de defesa planetária

Didymos e sua lua Dimorphos ficaram mundialmente conhecidos após a missão DART, da Nasa, em 2022. Nesse projeto inédito, uma sonda foi lançada para colidir com Dimorphos, testando se seria possível desviar a trajetória de asteroides potencialmente perigosos.

Nenhum dos dois representa ameaça à Terra, mas passaram a ser estudados como modelos ideais para entender como funcionam colisões controladas. A missão conseguiu alterar a órbita de Dimorphos em torno de Didymos, um marco na defesa planetária.

Cientistas continuam a monitorar o sistema de perto. A missão Hera, prevista para chegar nos próximos anos, irá avaliar as consequências detalhadas do impacto e reunir dados sobre a cratera deixada pela colisão.

Esse experimento marcou o primeiro teste prático de defesa planetária da humanidade. O sucesso da missão fortalece a confiança em nossa capacidade de proteger a Terra contra eventuais ameaças vindas do espaço.

Psique: tesouro metálico do cinturão de asteroides

O asteroide Psique está localizado no cinturão principal, entre Marte e Júpiter. Descoberto em 1852, ele atrai enorme interesse científico por ser composto, em grande parte, de metais como níquel e ferro, algo raro entre asteroides.

Acredita-se que Psique seja o núcleo exposto de um planetesimal, objeto que poderia ter dado origem a um planeta. Isso faz dele uma janela para estudar como se formaram os núcleos da Terra e de outros corpos rochosos.

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Em 2023, a Nasa lançou uma missão específica para estudar Psique de perto. A sonda irá mapear sua superfície, analisar sua composição e tentar desvendar detalhes sobre a formação do sistema solar.

Embora não represente risco algum de colisão, Psique é classificado como um dos asteroides mais importantes para a ciência. Seu estudo pode trazer revelações valiosas sobre as origens e a evolução dos planetas.

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Diego Marques

Tenho 23 anos e sou de Sobral (cidade onde foi comprovada a teoria da relatividade em 1919), atualmente, estou terminando a faculdade de enfermagem e trabalhando na redação de artigos, através das palavras, busco ajudar o máximo de usuários possíveis.

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