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O lixo de 1 centavo que vale 2 quilos de picanha

Ela é a moeda mais inútil do Brasil. Aquele disquinho de aço que, quando aparece no troco, a gente até suspira com desdém. A moeda de 1 centavo não compra absolutamente nada. Ela é tão desprezada que muitos estabelecimentos nem a aceitam mais, e ela acaba esquecida no fundo de uma gaveta, no cinzeiro do carro ou em um pote empoeirado. É o verdadeiro “lixo” do nosso sistema monetário.

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Nós nos acostumamos tanto a ignorá-la que o impulso de simplesmente jogá-la fora é grande. Afinal, para que guardar algo que não tem valor algum? É um pensamento lógico, e para 99% dessas moedinhas, ele está correto.

Mas, e se eu te dissesse que, no meio desse “lixo”, pode haver uma peça que vale mais do que uma nota de 20 reais?

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E se um detalhe quase imperceptível em uma dessas moedas pudesse transformá-la em um tesouro, capaz de pagar o churrasco do seu fim de semana? Não é lenda. É real, e você pode ter essa pequena fortuna em casa sem saber.

A ‘joia’ rara: a moeda de 1 centavo de 1996

A caça ao tesouro tem um alvo bem específico: a moeda de 1 centavo do ano de 1996. Pertencente à primeira família do Real, essa pequena peça de aço inox se tornou uma “joia” rara por um motivo muito simples: a tiragem.

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Naquele ano, a Casa da Moeda produziu uma quantidade muito menor de moedas de 1 centavo em comparação com os outros anos. Com o tempo, muitas se perderam ou foram danificadas, tornando os exemplares restantes ainda mais escassos e cobiçados por colecionadores.

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O ‘termômetro’ do valor: quanto mais nova, mais valiosa

Mas não basta apenas encontrar a moeda de 1996. O que vai definir se ela vale R$ 5 ou R$ 30 é o seu estado de conservação.

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No mundo da numismática, as moedas são classificadas, e quanto mais “nova” ela parecer, mais dinheiro ela vale.

  • MBC (Muito Bem Conservada): É a moeda que circulou, tem riscos e sinais de uso, mas ainda está legível. Pode valer alguns reais.
  • Soberba: Uma moeda que circulou muito pouco, mantendo cerca de 90% dos detalhes originais. Seu valor já sobe consideravelmente.
  • Flor de Cunho (FC): É a perfeição. Uma moeda que nunca circulou, não tem nenhum risco e mantém 100% do brilho original, como se tivesse acabado de sair da fábrica. Uma moeda de 1 centavo de 1996, neste estado, pode facilmente ser vendida por R$ 30 ou mais.

Mas não é só o ano: outros ‘defeitos’ que transformam centavos em reais

A grande magia do mundo das moedas raras é que, muitas vezes, o “defeito” é o que gera valor. Por isso, mesmo que sua moeda não seja de 1996, vale a pena olhar com atenção.

Outros erros de cunhagem podem transformar qualquer moeda comum em um item valioso.

  • Cunho torto ou descentralizado: Quando o desenho ou os números estão visivelmente fora do centro.
  • Batida dupla: Quando a moeda parece ter sido “carimbada” duas vezes, deixando uma imagem sobreposta.
  • Falta de detalhes: Algum erro que fez com que uma letra ou parte do desenho não fosse gravada na moeda.

Portanto, antes de desprezar aquela moedinha de 1 centavo, dê uma boa olhada nela. Ela pode não comprar um chiclete, mas, se for a moeda certa, pode garantir o almoço, o jantar e até a picanha do churrasco.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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