Obra irregular é interditada em zona de proteção ambiental no Rio

Rio de Janeiro — Nesta terça-feira, 6, equipes da Secretaria de Estado do Ambiente e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) interditaram uma obra irregular na Área de Proteção Ambiental (APA) Gericinó-Mendanha, localizada em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. A ação aconteceu após a constatação de que uma área de 5 mil metros quadrados de vegetação havia sido desmatada e o curso de uma nascente foi desviado para a construção de um açude de mil metros quadrados, que tinha como finalidade o lazer.
O responsável pela obra foi levado à delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, onde será iniciada uma investigação para identificar se há outras pessoas envolvidas no caso.
O terreno em questão, que abrange cerca de 10 mil metros quadrados, faz parte da zona de amortecimento do Parque Estadual do Mendanha e não possuía licença ambiental para as intervenções realizadas. A construção do açude afetou uma nascente com características e vegetação raras, levando à remoção da vegetação nas margens da água.
A APA Gericinó-Mendanha possui uma extensão total de 7.972,39 hectares, abrangendo os municípios de Nova Iguaçu, Nilópolis e Rio de Janeiro. O governador Cláudio Castro comentou sobre a situação, afirmando que a destruição de uma área de proteção é inaceitável e ressaltando que o Estado está comprometido em agir rapidamente para responsabilizar os autores e evitar novas tentativas de degradação ambiental.
O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, também se manifestou, declarando que o dano causado ao patrimônio ambiental é significativo e que a fiscalização será rigorosa para que os responsáveis sejam punidos. Ele destacou que a área possivelmente seria utilizada como um espaço de lazer, como um resort, sem a devida autorização.
Andrei Veiga, chefe do Núcleo de Proteção Ambiental do Inea, completou informando que a construção do açude teve um impacto severo na região de preservação. Ele expressou a intenção de descobrir se o autor da obra é o único proprietário da área afetada. A ação representa uma tentativa de prevenir a continuidade de crimes ambientais na região.