Sede do Instituto Histórico e Geográfico do DF é Invadida e Vandalizada
Na madrugada de sexta-feira, 14, o Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF) sofreu uma invasão e vandalismo em suas dependências. O presidente da instituição, José Teodoro Mendes, informou que criminosos arrombaram portas e vitrines, levando uma parte significativa da coleção que inclui moedas raras, comendas e outros objetos ligados à história de Brasília, como itens da época da sua inauguração e relíquias do presidente Juscelino Kubitschek.
Entre os objetos furtados, destaca-se um aparelho teodolito, que pertenceu ao engenheiro Joffre Mozart Parada. Esse equipamento foi utilizado para calcular as coordenadas da construção da capital, tornando-se uma peça importante para a história do local.
Mendes ressaltou que o crime representa uma grave perda para a memória da cidade, afirmando: "Foram levadas peças importantes, moedas raras e comendas recebidas por pioneiros. É uma pena, porque isso é memória de Brasília". Ele também informou que o instituto enfrenta um período de dificuldades financeiras, o que agrava a falta de segurança nas instalações.
Fundado há 62 anos por iniciativa de Juscelino Kubitschek, o IHGDF depende de doações para suas atividades e, atualmente, vive uma situação crítica de "penúria e insegurança". O presidente manifestou preocupação sobre a vulnerabilidade do acervo, afirmando: "Estamos muito vulneráveis".
O IHGDF oferece atividades educativas e recebe cerca de seis mil estudantes de ensino fundamental e médio anualmente. Além disso, a instituição promove cursos para professores, e o furto compromete tanto o patrimônio histórico quanto o trabalho de difusão cultural realizado.
Um boletim de ocorrência foi registrado pela direção do instituto, que agora busca reforçar a segurança e a proteção de seu acervo.
