Operações especiais aumentam segurança do prédio do Iapen

Na manhã de segunda-feira, 14 de julho, o prédio do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), situado na Rua Coronel Fontenele de Castro, no bairro Estação Experimental em Rio Branco, recebeu reforço na segurança. Uma viatura do Grupo de Operações Especiais (GEPOI), unidade de elite da Polícia Penal, foi posicionada no local como uma medida preventiva devido a uma manifestação de familiares de detentos.
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O protesto começou nas primeiras horas da manhã, reunindo mães, esposas, filhos e outros parentes de presos de diferentes unidades prisionais, como o Francisco de Oliveira Conde, Antônio Amaro e Alamanda. Os manifestantes bloquearam diversas ruas da região, incluindo áreas importantes como as ruas Coronel Fontenele de Castro, Boa Esperança e Nações Unidas, além de trechos da Avenida Ceará. Essa paralisação complicou ainda mais o trânsito, que já enfrentava dificuldades devido a obras nas proximidades.
Os principais pedidos dos manifestantes incluíam o retorno das visitas aos detentos, melhorias na alimentação e mudanças nas normas de visitação que foram estabelecidas após uma rebelião no presídio Francisco de Oliveira Conde. Durante a manifestação, houve momentos de tensão, com ânimos exaltados entre os participantes e tentativas de bloquear completamente o trânsito, causando longos congestionamentos, inclusive com dificuldades para os ônibus.
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O presidente do Iapen, Marcos Frank, comentou a situação em entrevista. Segundo ele, o órgão ainda não havia recebido uma lista formal de reivindicações, mas reconheceu que houve diálogos anteriores com os familiares. Nessas reuniões, foram discutidas questões relacionadas à visitação, e algumas alterações nas regras foram realizadas, permitindo que pessoas que antes não tinham esse direito pudessem visitar seus entes queridos.
Frank também abordou a nova exigência de comprovação de vínculo formal para as visitas conjugais, afirmando que essa medida visa combater possíveis casos de prostituição nas unidades prisionais. “Tentamos evitar a visita de ‘amigas’ que, por vezes, poderiam estar envolvidas em situações inadequadas”, disse.
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Em relação à questão da alimentação, o presidente destacou que melhorias foram implementadas após fiscalizações e que a proibição da entrada de cadernos e outros materiais se mantém por questões de segurança. Frank mencionou que tentativas de agendar reuniões com representantes das famílias foram feitas, mas não avançaram. Segundo ele, a proposta de receber um número alto de representantes, incluindo uma pessoa de cada facção, foi recusada, pois isso poderia ser interpretado como uma forma de institucionalizar o crime organizado.
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