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O adiamento da pauta e a omissão do Estado

Setor Pecuário do Acre Enfrenta Crise Sem Resposta do Governo

O setor pecuário do Acre está vivendo um momento de grande preocupação devido à falta de ação do Governo do Estado em relação à chamada “pauta do boi”. A omissão do governo está gerando tensão em todos os níveis da cadeia produtiva da carne, uma situação que não é saudável para os envolvidos.

É urgente que o estado intervenha de maneira racional e lógica, pois a falta de apoio pode comprometer uma das cadeias produtivas mais importantes do Acre, especialmente em um momento que deveria ser de união e fortalecimento.

O setor frigorífico tem experimentado conquistas significativas, com novas oportunidades surgindo e a carne do Acre alcançando mercados antes inacessíveis. Nos últimos anos, foram feitos investimentos que ultrapassaram R$ 100 milhões, destacando a importância econômica desse segmento. Com a ampliação e reforma do Frigonosso, prevista para o meio do ano, e a retomada das operações do frigorífico de Tarauacá, espera-se que o setor gere até 3,2 mil empregos diretos. Esse número coloca o setor como o maior empregador, superando outros segmentos da iniciativa privada.

Além disso, a articulação com a Apex e a diplomacia do Governo Federal têm aberto novos mercados para a agropecuária brasileira. Esses avanços podem criar um ambiente mais dinâmico para a agropecuária no Acre, mesmo com desafios como regras ambientais, problemas de documentação da terra e áreas embargadas.

No entanto, o fato de a “pauta do boi” ainda ser um tema relevante na agenda dos produtores indica uma falta de organização e estratégia no debate sobre o desenvolvimento rural no estado. É vital que o governo tome a frente para racionalizar essa situação.

A importância do produtor de bezerro na cadeia também é fundamental. Esses produtores, que frequentemente possuem até 100 cabeças de gado, representam a grande maioria dos pecuaristas no Acre. Se não receberem apoio, eles enfrentam dificuldades maiores, uma vez que são os que menos capital possuem.

Outro ponto importante é que a indústria frigorífica não está pedindo ao governo que impeça a venda de bezerros. O que é necessário é que haja uma ação do governo que evite a defasagem nos tributos, que atualmente considera um valor inferior ao que realmente é praticado no mercado, prejudicando assim a economia local.

A situação demanda uma resposta rápida por parte do governo. O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento tem trabalhado intensamente em busca de soluções, mas ainda não se vê a ação apropriada do estado em resposta a essa emergência. O fato de o debate sobre a “pauta do boi” ainda persistir na economia regional é um sinal de alerta. É crucial que o governo ouça as partes envolvidas e defina parâmetros claros, demonstrando um fortalecimento em sua atuação.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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