Mãe de criança autista reclama da ausência de professor auxiliar na escola municipal de Mucajaí

Uma mãe de uma criança autista de quatro anos denunciou a falta de um professor auxiliar na Escola Municipal Miguel Alves da Costa, em Mucajaí, no interior de Roraima. Segundo ela, sua filha não vai à escola há mais de um mês devido à ausência desse profissional, fundamental para o acompanhamento de alunos com necessidades especiais.
A mãe, que prefere não se identificar, relatou que as aulas começaram em 11 de março, mas sua filha frequentou apenas o primeiro dia. A escola informou que não havia um professor auxiliar disponível e que a Secretaria Municipal de Educação estava trabalhando para resolver a situação. A mãe destaca o impacto da ausência do profissional, afirmando que a menina não frequentou mais a escola, pois não havia ninguém para ajudá-la.
Ela explica ainda que aguardava a contratação de novos professores, que estavam em processo judicial. No dia 26 de março, a Justiça deu prosseguimento ao processo seletivo para selecionar os profissionais. No entanto, a professora designada para acompanhar sua filha desistiu do cargo, complicando ainda mais a situação. A mãe mencionou que está em constante contato com a escola e a Secretaria de Educação, mas ainda não obteve uma solução.
Desesperada por respostas, a mulher recorreu ao Ministério Público local no dia 9 de abril, buscando ajuda e enfatizando a urgência do problema. Ela afirmou que já comunicou o caso ao Conselho Tutelar, mas continua recebendo a mesma justificativa da Secretaria: que a situação está sendo resolvida.
Em resposta, a Secretaria de Educação informou que está realizando um processo seletivo para convocar novos profissionais. Contudo, nem todos os convocados comparecem ou possuem horários compatíveis, já que muitos já estão vinculados a outros empregos. A Secretaria ainda mencionou que existe uma vaga em aberto a ser preenchida e que o professor titular está atuando em sala de aula, enquanto o auxiliar se destina a proporcionar um atendimento melhor aos alunos.
A situação levanta questões sobre a adequação dos serviços educacionais e a necessidade do acompanhamento especializado para crianças com necessidades especiais, reafirmando a importância de garantir o direito à educação para todos.